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Vento forte levou chamas a galgar quilómetros em poucas horas na Guarda

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Foto EPA

O vento forte que se faz sentir na Guarda levou o incêndio, que deflagrou às 14:15 junto à zona urbana da cidade, a galgar vários quilómetros em poucas horas, disse à Lusa o presidente do município.

Em declarações às 18:50 de hoje, Sérgio Costa aludiu à "intensidade do vento" como um dos maiores problemas que as autoridades estão a enfrentar no terreno e que já levou as chamas a percorrer cerca de seis quilómetros, em linha reta.

"O incêndio começou às portas da cidade, ligeiramente abaixo do Instituto Politécnico, e o vento fê-lo caminhar para norte. Já cortou a A25 [autoestrada 25], cortou o antigo IP5, cortou já várias estradas municipais e há sempre estes constrangimentos no próprio trânsito. Está tudo a ser desviado pela Nacional 16, pelo vale do Mondego", explicou o presidente da Câmara.

Sobre a evolução das chamas, que estão a progredir numa zona de mato, Sérgio Costa diz que estas chegaram "perto" da povoação de Alvendre, localizada a nordeste do local onde o incêndio eclodiu, onde ardeu um "pequeno armazém" agrícola.

Também em Alvendre, de acordo com fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda, as chamas atingiram três viaturas na passagem pela aldeia.

"Os proprietários [das viaturas] ausentaram-se e quando chegaram já tinham sido atingidas" pelo fogo, segundo a mesma fonte.

O incêndio também esteve perto da aldeia de Carapito, próximo da cidade da Guarda, mas não atingiu habitações, disse a fonte da GNR.

"Agora é continuar a acompanhar, a ver se se consegue fazer o combate às chamas, sempre com segurança, mas profícuo. Mas o vento continua a soprar com muita intensidade", avisou Sérgio Costa.

Os operacionais no terreno, "estão a tentar" dominar o fogo ainda durante o dia de hoje, "mas é extemporâneo falar disso" a esta altura, frisou.

O autarca notou, por outro lado, que o vento pode, "de um momento para o outro, fazer uma mudança nos flancos do incêndio", apelando à "vigilância" e à "ajuda" das populações.

"Peço que se mantenham vigilantes e toda a ajuda é pouca para fazer face ao combate às chamas. Que se previnam com os meios que tenham ao seu alcance, sempre em segurança, para protegerem os seus bens e os seus familiares, mas sempre com segurança e ajudarem na medida do possível. E sigam as orientações claras das autoridades, nomeadamente da GNR, que está no local desde a primeira hora", afirmou Sérgio Costa.

Segundo a página internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 19:30 estavam a combater as chamas 206 operacionais, apoiados por 58 viaturas e oito meios aéreos.