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Biden chega à Arábia Saudita para reparar a relação com Bin Salman

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou hoje à Arábia Saudita, para uma visita destinada a reparar a relação com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman e conseguir apoio saudita para baixar os preços do petróleo.

O jato presidencial Air Force One de Biden aterrou na pista do Aeroporto Internacional Rei Abdulaziz, em Jeddah, às 17:53 horas locais (15:53 horas em Lisboa) e cerca de uma hora depois o Presidente norte-americano já estava no palácio real para um encontro com Mohamed bin Salman, o governante 'de facto' do país.

À chegada de Biden ao palácio, os dois governantes cumprimentaram-se com um 'choque' de punhos, relatam as agências internacionais.

Bin Salman é acusado pelos serviços secretos norte-americanos de ter aprovado a operação que matou o jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018.

O próprio Biden tinha denunciado o príncipe da coroa saudita pelo assassínio de Khashoggi, que foi desmembrado na embaixada saudita na Turquia.

O presidente norte-americano irá encontrar-se também com o rei saudita, Salman bin Abdulaziz.

Durante a cimeira da NATO que decorreu em Madrid no final de junho, Biden disse que não estava prevista uma reunião com o rei e o príncipe da coroa, mas a Casa Branca afirmou o contrário em vésperas da partida do Presidente para o Médio Oriente. 

Segundo fontes citadas pelas agencias internacionais, Biden teve de ser convencido pelos conselheiros a considerar uma melhoria das relações entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita, o que implicaria deixar para trás o assassinato de Khashoggi. 

É a primeira vez que Joe Biden visita o Médio Oriente desde que se tornou presidente dos Estados Unidos e chega a Jeddah depois de ter passado por Israel e pela Cisjordânia. 

Na Arábia Saudita, Biden participará numa cimeira de chefes de Estado do Conselho de Cooperação do Golfo, bem como do Egito, Jordânia e Iraque.

Em discussão estarão o aumento da produção de petróleo, o cessar-fogo no Iémen e a limitação da influência do Irão no Médio Oriente e da China no panorama global.