A Guerra Mundo

87% dos ucranianos a favor da adesão à União Europeia

None
Foto shutterstock

Cerca de 87% dos ucranianos votaria a favor da adesão do seu país à União Europeia (UE) se a questão fosse referendada, indica uma sondagem realizada pelo Grupo Sociológico Rating no passado fim de semana e hoje divulgada.

A percentagem é ligeiramente inferior à revelada numa sondagem semelhante do início de abril, quando à volta de 91% dos inquiridos se declarou a favor da adesão, um recorde em relação aos níveis anteriores à guerra, iniciada em fevereiro com a invasão russa, quando apenas 68% dos ucranianos desejavam a adesão ao bloco europeu.

A 17 de junho a Comissão Europeia recomendou a concessão à Ucrânia do estatuto de país candidato à adesão à União, questão que deverá ficar resolvida no próximo Conselho Europeu, na quinta-feira em Bruxelas.

Dos inquiridos, 69% estão otimistas em relação ao tempo necessário para completar o processo, acreditando que Kiev se unirá aos 27 nos próximos cinco anos, enquanto 14% pensam que o fará num prazo de entre cinco a 10 anos.

O apoio à adesão é alto em todas as faixas etárias e em todas as regiões, nota o Grupo Rating hoje citado pela agência EFE, cujo inquérito não abrangeu os territórios controlados por forças pró-russas antes de fevereiro (Crimeia e o leste do Donbass), nem áreas onde a rede telefónica não funciona atualmente.

A sondagem mostra ainda que 93% dos inquiridos acredita que a Ucrânia será capaz de repelir o ataque russo, considerando 67% que a guerra durará ainda seis meses ou mais.

O Grupo Sociológico Rating questionou 1.200 ucranianos maiores de 18 anos. A sondagem tem um nível de confiança de 95% e uma margem de erro máxima de 2,8%.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou 4.569 civis e causou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.