Artigos

Entre o realismo e a esperança

Tanto Macron como Costa têm, quanto à possível integração da Ucrânia na União Europeia, proferido discursos cautelosos, apontando para as falsas expectativas que se poderão criar junto ao país que se mostra interessado na adesão, e moderam o discurso. Mas desiludem os ucranianos.

Já Ursula von der Leyen comunica com mais optimismo, apresentando a esperança que, face à realidade de um país que luta pela vida, liberdade e existência, é um bálsamo em tempos tão difíceis.

Macron e Costa têm razão, toda a gente sabe disso. Não precisavam era de dizer, face às circunstâncias cruéis e adversas porque passa a Ucrânia neste momento. Necessitando de todo o apoio do mundo ocidental. Para situações extraordinárias devem procurar-se soluções também extraordinárias.

O processo de aderência à UE é complexo. Há países que solicitaram a sua junção há anos e continuam sem preencher todos os requisitos. Veja-se o caso da Turquia. Ainda não entrou, mas é pretendente, para quando cumprir com a totalidade das condições. Coisa que não deverá acontecer tão cedo. Mas tem esse estatuto e foi aceite como tal.

Para além da aprovação das pré-candidaturas é necessário que os 27 concordem. Posteriormente entra-se na fase mais morosa do cumprimento dos aspectos imprescindíveis. Estão nesta situação a Albânia, Montenegro, Macedónia do Norte, Sérvia e Turquia.

Enviaram agora pedidos de adesão a Ucrânia, a Moldova e a Geórgia. A Comissão Europeia assentiu os 2 primeiros como candidatos, por unanimidade. Falta o consentimento dos 27. Vem depois a demorada etapa da realização das condicionantes consideradas fundamentais. Mas esta primeira aceitação já simboliza esperança e apoio determinado.