Madeira

PS acusa Governo de esconder pobreza da Região e de não reduzir os impostos

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“O executivo madeirense teima em não aceitar a realidade e tenta esconder que a Madeira neste momento é a Região com a mais alta taxa de risco de pobreza e exclusão social e o mais baixo poder de compra do país”. A afirmação foi proferida por Sérgio Gonçalves, no final da primeira reunião da comissão política do PS-Madeira, após o Congresso Regional.

O líder socialista referiu que esta situação tem sido agravada nos últimos meses, com a subida dos preços das matérias-primas, dos bens de consumo e, sobretudo, dos combustíveis, sendo que “o Governo Regional insiste em não reduzir o IVA e em não aplicar o diferencial fiscal em todos os escalões do IRS”.

“Em cinco dos sete escalões de IRS os madeirenses pagam mais do que os açorianos. Esta situação tem de ser invertida e é necessário que o Governo Regional implemente medidas de desagravamento fiscal”, sublinhou.

Sérgio Gonçalves referiu-se também ao boletim de execução orçamental do primeiro trimestre deste ano, que evidencia uma receita adicional face ao mesmo período do ano passado de 24 milhões de euros.

“Se a isto associarmos aquela que tinha sido já a receita adicional em 2021, de 32 milhões de euros, estamos a falar de mais de 50 milhões de euros cobrados aos madeirenses em receitas extraordinárias e não previstas por parte do Governo Regional e que dariam para desagravar fiscalmente toda a carga que incide sobre as famílias e sobre as empresas da Região e retira competitividade à nossa economia e poder de compra às pessoas”, enfatizou Sérgio Gonçalves.

Por fim, o responsável informou que o PS irá apresentar na Assembleia da República propostas de alteração ao Orçamento do Estado, garantindo que há abertura do Governo da República para resolver os dossiês pendentes da região

"O PS e o seu grupo parlamentar irá apresentar na Assembleia da República propostas de alteração ao Orçamento do Estado, tentando criar condições para que se resolvam alguns dos dossiês pendentes com a Região Autónoma da Madeira e existe abertura por parte do Governo e do primeiro-ministro para o fazer", afirmou Sérgio Gonçalves no final da reunião da comissão política regional.

O governo madeirense tem apontado, como questões por resolver com a República, a situação do subsídio de mobilidade, a ligação marítima por 'ferry' entre a região e o território continental, a inscrição de verbas para a construção do novo hospital da Madeira, a resolução da situação do Centro Internacional de Negócios da Madeira, conhecida por Zona Franca, entre outros.

Foi ainda aprovado por unanimidade, na reunião deste sábado, o plano de acção política do partido para 2022, o qual inclui muitas das medidas propostas na moção de estratégia global apresentada ao congresso.

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