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Dois 'rockets' disparados de Gaza na direcção de Israel

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Dois novos 'rockets' foram disparados da Faixa de Gaza na direção de Israel, divulgou hoje o Exército israelita, numa fase de tensões na região devido à violência em Jerusalém.

"Um 'rocket' atingiu um terreno perto da fronteira com o norte de Gaza e outro caiu dentro da faixa de Gaza", referiu o Exército de Israel através da rede social Twitter.

Segundo testemunhas, uma pessoa ficou ferida em Gaza depois de um 'rocket' ter caído perto de sua casa, noticia a agência France-Presse (AFP).

Desde o início da semana vários 'rockets' têm sido lançados contra Israel a partir deste enclave palestiniano, controlado pelo movimento islâmico Hamas, o que resultou sempre em ataques de retaliação por parte dos israelitas.

A maior parte dos disparos a partir da Faixa de Gaza foram intercetados pelo escudo antimísseis israelita e não houve, até agora, registo de vítimas.

Israel considera o grupo militar Hamas, que governa Gaza, responsável por todos os disparos de 'rockets' e normalmente responde com ataques aéreos passado poucas horas.

A escalada da violência ocorre durante o mês do Ramadão, um período habitualmente tenso entre palestinianos e israelitas e após quatro ataques contra Israel entre 22 de março e 07 de abril, que resultaram em 14 mortos.

Dois dos ataques ocorreram em Telavive, perpetrados por palestinianos da Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

Em resposta, o Exército israelita realizou várias operações na Cisjordânia, enquanto os confrontos se têm multiplicado entre a polícia israelita e palestinianos em Jerusalém Oriental, a parte palestiniana ocupada e anexada por Israel.

Novos confrontos hoje entre a polícia israelita e palestinianos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, causaram pelo menos 57 feridos, dois deles em estado grave, indicou a organização não-governamental (ONG) Crescente Vermelho.

A ONG, federada com a Cruz Vermelha Internacional, indicou que 11 dos feridos necessitaram de receber tratamento hospitalar.

Segundo a polícia de Israel, centenas de pessoas começaram a revoltar-se durante as orações muçulmanas da madrugada, atirando pedras e fogo-de-artifício às forças de segurança, informou o The Times of Israel.

As forças de segurança israelitas dizem que os oficiais esperaram que as orações terminassem e que as pessoas dispersassem antes de intervir, mas os confrontos intensificaram-se e deslocaram-se na direção do Muro das Lamentações.

"As forças policiais foram forçadas a utilizar meios de dispersão de motins e a fazer recuar a multidão", informou a força de segurança em comunicado.

Segundo a agência de notícias Wafa, forças israelitas invadiram a mesquita Al-Aqsa na terceira sexta-feira do Ramadão e franco-atiradores em telhados adjacentes dispararam balas de metal revestidas de borracha diretamente contra os fiéis.

Mais de 150 palestinianos ficaram feridos na sexta-feira da semana passada em confrontos com as forças israelitas, também na Esplanada das Mesquitas.

Desde os ataques em Telavive, 24 palestinianos, incluindo os agressores, foram mortos em confrontos ou incidentes na Cisjordânia com as forças israelitas.

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos manifestou "profunda preocupação com a escalada de violência".

Na quinta-feira, a secretário de Estado adjunta dos EUA para os Assuntos do Médio Oriente, Yael Lempert, e o enviado responsável pelas relações israelo-palestinas, Hady Amr, reuniram-se com funcionários da Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas.

Abbas "solicitou a intervenção urgente da administração norte-americana para acabar de uma vez por todas com a escalada israelita", segundo um funcionário palestiniano.