Madeira

Escola do Galeão equipada com um sismógrafo

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No âmbito das acções programadas para o ‘Mês da Protecção Civil 2022', e através do projecto AGEO, a Câmara Municipal do Funchal (CMF) e a Universidade da Madeira (UMa) entregaram, esta tarde, um sismógrafo à Escola Dr. Eduardo Brazão de Castro (Galeão).

Na cerimónia, Bruno Pereira, vereador da CMF, afirmou que, embora a Madeira seja uma região de origem vulcânica com baixo risco, é importante não existir falta de atenção com essa ameaça. Desse modo, o vereador considera que a melhor maneira de fazer isso, do ponto vista da comunidade, é envolvendo os jovens para o interesse destas questões.

“A cedência deste sismógrafo permite que os alunos, por via da ciência e das aulas, possam seguir este assunto, ter conhecimento e curiosidade e, dessa forma, compreender melhor estes fenômenos e melhorar os seus comportamentos de auto-protecção”, referiu.

Por sua vez, Domingos Oliveira, professor da UMa, destacou que este projecto tem ainda um valor acrescido, porque permite que estes “sismógrafos educacionais” estejam em zonas onde não há mais informação. 

“O objectivo é dotar as comunidades de instrumentos para que possam ter a noção e a percepção dos fenómenos e depois possam recolher dados que sirvam para a investigação", explicou.

O próximo sismógrafo, entregue pela CMF e a UMa, será na Escola de Santo António, nas Madalenas, mas a intenção será distribuir mais por diversos pontos da ilha, sejam através das escolas ou das comunidades.

A AGEO - Plataforma Atlântica para Gestão dos Riscos Geológicos é um projecto europeu, com um orçamento total de cerca de 3 milhões de euros, que lança vários pilotos de Observatórios Cidadãos, de acordo com as prioridades regionais. Tem como objectivo envolver as comunidades locais para a sua participação activa na preparação e monitorização de risco e incorporar capacidades locais nos sistemas de gestão de risco. A experiência adquirida durante a implementação dos pilotos de Observatórios de Cidadãos será utilizada para formular recomendações para a criacção de futuros observatórios na resposta a um gama alargada de perigos (naturais e induzidos por humanos), na região Atlântica.