O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai dirigir-se ao Parlamento da Suécia por videoconferência na quinta-feira, um mês após o início da invasão russa do seu país, anunciaram hoje as autoridades suecas.

O discurso, que se segue a intervenções perante vários parlamentos ocidentais, está agendado para as 10:55 locais (09:55 em Lisboa).

"Sinto-me honrado por o Presidente da Ucrânia falar ao Parlamento em plena guerra. O Parlamento sueco decidiu um apoio sem precedentes à Ucrânia e continua a apoiar a luta do país pela liberdade", disse o presidente do órgão legislativo, Andreas Norlén, citado pela agência francesa AFP.

Menos de uma semana depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, Zelensky falou perante o Parlamento Europeu, em 01 de março.

Desde então, já falou ao Congresso norte-americano e aos parlamentos britânico, alemão, canadiano, israelita e japonês, tendo agendada para hoje uma intervenção perante a Assembleia Nacional francesa.

Zelensky deverá também dirigir-se à cimeira extraordinária da NATO, na quinta-feira.

A Ucrânia, que recebeu do Ocidente armas antitanque e antiaéreas, pede agora "armas ofensivas", alegando que podem funcionar como elemento dissuasor contra o exército russo.

A Suécia forneceu armas à Ucrânia, incluindo 5.000 lança-foguetes antitanque, quebrando a sua doutrina de não armar um país em guerra pela primeira vez desde 1939.

O país escandinavo é membro da União Europeia, mas não integra a NATO.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 28.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

A ONU confirmou a morte de 953 civis até segunda-feira, incluindo 78 crianças, mas alertou que os números reais "são consideravelmente mais elevados".

A guerra também levou mais de 3,6 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para os países vizinhos, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).