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Autoridades angolanas admitem que professor indiciado possa ser assassino em série

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O Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Luanda, admitiu hoje que o professor angolano de 33 anos, indiciado por duplo homicídio, violação e asfixia, possa ser um assassino em série e continua a investigar o caso.

O professor foi detido em janeiro passado, após ter sido acusado do homicídio de uma jovem em novembro de 2021, que aliciou por intermédio das redes sociais, na sequência de denúncia dos familiares.

Segundo o SIC, o 'modus operandi' do suspeito despertou a atenção de familiares de uma outra jovem, desaparecida em agosto de 2021, tendo o professor sido apontado também como autor deste crime, na sequência das investigações policiais.

"Depois de um trabalho árduo apurou-se que, no mesmo buraco, onde havia sido enterrada esta jovem, havia sido enterrada uma outra jovem de 19 anos, num buraco cavado com uma profundidade de um metro e meio, onde foram recolhidas as ossadas em 15 de março de 2022", disse Fernando Carvalho, chefe do departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC/Luanda.

Ambas as vítimas foram enterradas no quintal de um colégio no bairro Tande 2, município angolano de Viana, um dos mais populosos de Luanda.

Fernando Carvalho admitiu estar-se diante de "um assassino em série": "Podemos considerar que sim por se tratar de crimes hediondos e continuados", salientou.

"A primeira vítima foi a 05 de agosto de 2021 e a segunda vítima foi a 17 de novembro de 2021, todas meninas tidas como desaparecidas pelos familiares e logo enterradas na mesma instituição de ensino depois de atos bruscos e sádicos, amarradas, violadas e asfixiadas", frisou.

Efetivos do SIC fazem hoje a reconstituição do caso, no local, "para transmitir mais uma vez à população e aos jovens sobre os cuidados a ter com os encontros que são marcados nas redes sociais".

"Continuamos a trabalhar em torno deste assunto, o processo não está encerrado, continua a sua fase de instrução", concluiu Fernando Carvalho.