Coronavírus Madeira

PS quer testes gratuitos para crianças participarem em actividades extra-escolares

Rui Caetano diz que falta "clareza e objectividade" nas medidas anunciadas

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O PS pretende que as crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 18 anos possam ter acesso a testes gratuitos de despiste à covid-19, para que possam participar em actividades extra-escolar. Por isso, deu entrada, hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira a uma proposta com esse objectivo.

O líder parlamentar socialista criticou, numa conferência de imprensa realizada esta manhã, o “ziguezague” do Governo Regional na informação e na gestão da pandemia.

Rui Caetano considera que o secretário regional da Saúde passa a informação de forma “intimidatória, prepotente e confusa”, acabando a resolução do Governo Regional por ser diferente daquilo que é passado nas conferências de imprensa. “Mais grave é que, dois dias depois, as medidas que estão na resolução são novamente adaptadas a novas situações. Isto é uma confusão total, não há clareza nem objectividade”, acusa o deputado.

O socialista disse que era igualmente grave o secretário regional da Educação “assinar por baixo sem sequer ter consciência do impacto das medidas que foram tomadas”. Por isso, critica o facto de o "Governo Regional obrigar as crianças que não estejam vacinadas a terem de pagar um teste – que custa à volta de 15 euros – para poderem participar em actividades desportivas, lúdicas e de complemento curricular", que “são fundamentais para a educação, para a formação e para o desenvolvimento integral das crianças”.

“Não se pode permitir que na Região Autónoma da Madeira tenhamos mais de 5 mil crianças que são obrigadas a apresentar um teste antes de praticarem qualquer actividade extraescolar”, disse, considerando ser lamentável e inaceitável que o executivo madeirense crie estes obstáculos.

É por estas razões que pretende que o executivo liderado por Miguel Albuquerque assuma estes custos de testagem. "Nós somos favoráveis à vacinação das crianças. Não podemos é concordar que o Governo Regional crie obstáculos para que estas possam participar em atividades extraescolares, ainda mais numa Região que tem o maior índice de pobreza e de risco de exclusão social e o mais baixo índice de poder de compra”, garantiu.

“Como é que se pode exigir às famílias que paguem 15 euros para fazerem um teste aos seus filhos? Não faz qualquer sentido, é grave. Do ponto de vista de educação, da formação e do desenvolvimento da RAM, é lamentável que o senhor secretário regional da Educação compactue com esta situação”, frisou Rui Caetano.