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Joe Biden insurge-se contra violência armada em Nova Iorque e noutras cidades dos EUA

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FOTO EPA/MICHAEL REYNOLDS

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden condenou ontem, durante uma visita a Nova Iorque, a onda de violência armada que afeta esta metrópole e outras grandes cidades do país.

"Basta. Sabemos que podemos fazer algo a este respeito", referiu o chefe de Estado norte-americano durante um discurso no quartel-general da polícia de Nova Iorque.

Biden sublinhou a escalada da criminalidade nos Estados Unidos, com 64 crianças feridas e 26 mortas em atos de violência com armas desde o início do ano.

O Presidente norte-americano elogiou "a implementação de uma estratégia abrangente para crimes com armas de fogo em cidades como Nova Iorque, Filadélfia ou Atlanta, entre outras", mas reconheceu que as autoridades federais devem "fazer mais".

Joe Biden é acusado pela oposição republicana de passividade na luta contra a crescente insegurança, que se regista desde 2020.

Ontem, o Presidente norte-americano denunciou "a resistência de certos setores do governo, Congresso e assembleias estatais" federadas, sem ser mais preciso.

Nova Iorque tem sido afetada nas últimas semanas por uma onda de violência armada.

A iniciativa presidencial acontece numa altura em que a plataforma de Internet Gun Violence Archive revela que em 2021 morreram 20.794 pessoas vítimas de violência armada nos Estados Unidos.

Na quarta-feira, em Nova Iorque, milhares de agentes de segurança compareceram para o funeral de um polícia vítima de uma emboscada, quando tentava ajudar um colega -- o segundo serviço fúnebre de um agente numa semana naquela cidade.

O novo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams -- ele mesmo um ex-polícia - fez da segurança uma das suas bandeiras de campanha e, esta semana mandou fechar parte do centro da cidade para os funerais dos dois agentes mortos em serviço.

No mesmo dia em que ocorreu o tiroteio fatal - o assassino era reincidente, com histórico de tráfico de drogas - Adams pediu publicamente ajuda ao Governo federal para impedir a circulação de milhares de armas no estado de Nova Iorque, onde a sua venda é ilegal.

"Fomos recordados novamente sobre o perigo da proliferação de armas", disse Adams, no funeral do agente.

Em 2021, a cidade de Nova Iorque registou quase 500 mortes violentas, um número recorde em mais de uma década, mas esses recordes também foram batidos em Los Angeles, Chicago e Filadélfia.