Quando se querem encher noticiários, que não só televisivos, fabricam-se " casos", dado haver pouca vontade ou capacidade em fazer melhor.  Assim, após a maioria absoluta, não esperada, mas bem vinda do partido do Governo , em vez de se ter em foco a situação positiva para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, olha-se e explora-se a negativa.  Se nenhum partido tivesse ficado significativamente à frente, Marcelo Rebelo de Sousa hoje , tinha o berbicacho de ter que fazer pontes com um partido de onde saísse o PM e outros , para não se cair em eleições parlamentares anuais.  Agora, com um partido que vai continuar a ser governo sem depender de caprichos de Jerónimo, Catarina, ou Rui, outro Rui e Inês, haverá uma mais sólida garantia de governabilidade. Com plena possibilidade do Presidente da República, sempre que achar conveniente, trocar impressões com o PM. Ou seja, o Presidente da República, mantém o seu poder de actuação num regime semi-presidencialista, que lhe permite ter acesso ao Governo, mas também directo - por quem é eleito - à população.  Deixem-se de criar casos, deixem o PR exercer o seu segundo mandato, com o poder de iniciativa, de intervenção e de influência, que teve, tem e terá.  E se já não é atacado por dar a mão à Geringonça, passa a ser atacado por termos um governo de maioria.  Será de aproveitar estes 4 próximos ano com um muito bom Presidente da República e com um Governo mais sólido, e não estar sempre e só a levantar problemas, a acrescer aos verdadeiros que o País, a Europa e o Mundo, enfrentam.

A. Küttner