A Guerra Mundo

Presidente Zelensky lamenta que resposta europeia seja "lenta"

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou hoje que a resposta da Europa à invasão russa esteja a ser muito lenta e convidou os europeus com experiência de combate a viajar para a Ucrânia e repelir o exército russo.

"Como é que vocês se vão defender, se são tão lentos a ajudar a Ucrânia?", perguntou Volodymyr Zelensky, numa comunicação a jornalistas internacionais, em que criticou a resposta europeia à invasão russa em curso.

"Cancelar vistos para russos? Desconexão do SWIFT (rede interbancária)? Isolamento total da Rússia? Chamada de embaixadores? Embargo de petróleo? Hoje, tudo deve ser feito, porque se trata de uma ameaça para todos nós, para toda a Europa", pediu Zelensky.

"A Europa é suficientemente forte para resistir a esta agressão", frisou Zelensky, no momento em que as tropas russas continuam a progredir em várias partes de território ucraniano.

Volodymyr Zelensky pediu ainda aos europeus que tenham competências de combate para se deslocarem até ao território ucraniano, pegando em armas contra a invasão russa.

"Se tiverem experiência em combate (...) podem vir para o nosso país, para defender a Europa", disse Zelensky.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.