A Guerra Mundo

Forças russas já controlam aeroporto militar nos arredores de Kiev

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FOTO EPA/SERGEY DOLZHENKO

As Forças Armadas russas já controlam o aeroporto militar Antonov, em Gostomel, nos arredores de Kiev, depois de uma violenta operação de ataque com helicópteros.

Durante o dia, o Exército ucraniano anunciou que estavam em curso combates pelo controlo do aeroporto militar Antonov, após ataque de forças russas.

"A luta está em curso no aeroporto de Gostomel", localizado poucos quilómetros a noroeste de Kiev, anunciou o chefe dos Exército ucraniano, Valery Zaloujny e imagens nas redes sociais mostram que o aeroporto militar terá sido atacado por vários helicópteros.

Horas depois, as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controlo do aeroporto, depois de uma unidade aérea russa ter atacado com helicópteros, com as portas abertas, de onde soldados dispararam metralhadoras, antes de descer por 'rapel', de acordo com testemunhas.

"Havia pessoas sentadas nos helicópteros, as portas abertas, a voar sobre as nossas casas", disse Sergiy Storojouk, um ucraniano que vive perto do aeroporto.

Os helicópteros russos chegaram no final da manhã, oriundos da Bielorrússia, roçando os telhados das casas e semeando o terror a caminho de Kiev, de acordo com o relato de um jornalista da agência France Presse.

O aeroporto Antonov, em Gostomel, fica no extremo norte de Kiev, provando que as forças russas se encontram muito perto do centro da capital ucraniana.

De acordo com Olexander Kovtonenko, um civil de 30 anos que mora nas proximidades do aeroporto, os helicópteros russos foram apoiados por dois aviões de caça, que dispararam mísseis contra unidades terrestres ucranianas no início do ataque.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.