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PS-Açores exige explicações ao Governo sobre pior taxa de desemprego do país

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O PS/Açores exigiu hoje explicações ao PSD sobre a taxa de desemprego na região, que passou "da mais baixa para a mais alta do país" em apenas um ano.

Em reação às críticas feitas este sábado pelos sociais-democratas durante o Congresso dos TSD (Trabalhadores Social-Democratas), Berto Messias, dirigente socialista, lamentou em comunicado que o PSD/Açores tenha optado por um "chorrilho de críticas e maledicência falaciosa" em relação à governação socialista na região. "O que esta estrutura [TSD] do PSD Açores deve explicar aos açorianos é como, em apenas um ano, a região passa da taxa mais baixa para a taxa mais alta de desemprego do país, aumentando 50% em relação há um ano, de 5,5% para 8,2%, tendo mais 3200 açorianos desempregados", insistiu Berto Messias. Para o deputado socialista, os sociais-democratas fizeram, em congresso, uma "abordagem falsa" à situação financeira da região, após 24 anos de governação do PS, na tentativa de disfarçarem "as suas incapacidades" e as "ineficiências da atual coligação de governo" entre PSD, CDS e PPM.

O líder dos Trabalhadores Social-Democratas dos Açores, Joaquim Machado, ontem reeleito em congresso, acusou o PS de ter deixado uma herança financeira que pode "comprometer gravemente" o futuro da região e lamentou que os fundos comunitários não tenham sido aproveitados pelos anteriores executivos. "As finanças públicas foram encontradas em estado mais fragilizado do que apontavam as previsões mais pessimistas. Afinal, em vez de um ficcionado excedente orçamental e de dinheiro nos cofres da tesouraria pública, encontrou-se dívida e mais dívida, compromissos, cartas de conforto e toda a sorte de instrumentos financeiros que afundam as finanças na penúria e podem comprometer gravemente o futuro dos Açores", denunciou, na ocasião, Joaquim Machado.

Para os socialistas açorianos, o PSD "esquece-se propositadamente" de referir que as contas públicas da região "são amplamente escrutinadas com total transparência" e que "não se verifica qualquer situação inesperada ou escondida" como "maldosamente" referiu o líder dos TSD. Berto Messias lembrou ainda que o atual Governo "herdou" um saldo de gerência de 75 milhões de euros do anterior executivo socialista. "Infelizmente, o que o PSD Açores tem hoje para oferecer aos Açores é um registo sectário de guerrilha permanente ao Partido Socialista e a gestão permanente das instabilidades geradas pela coligação de governo e os partidos que a apoiam, ao invés de estar preocupado e focado com as soluções para o futuro dos Açores", lamentou o dirigente do PS.