O presidente do Governo Regional defende que a 'salvação' do Bordado Madeira passa pela inovação e pela adaptação às novas tendências do design e da moda.

"O Bordado Madeira não pode voltar àquilo que era, porque o mundo não pára, aquela ideia do bordado clássico, peças muito caras, isso está ultrapassado", expressou Miguel Albuquerque, esta tarde, na visita à exposição de mesas de Natal, promovido pela empresa Bordal em co-produção com a Câmara Municipal do Funchal, no Teatro Municipal Baltazar Dias. "O que temos que aproveitar é a arte e a criatividade dos nossos jovens, sobretudo dos designers de qualidade que temos e adaptá-lo às novas tendências, inserindo o bordado em novas peças, utilizando materiais sustentáveis", vincou, sublinhando que essa "é a única salvação" para o futuro do Bordado Madeira.

Albuquerque destacou a importância desta iniciativa da Bordal, valorizando o crescimento desta exposição, "que começou como uma amostragem pequena e hoje está inserido nos eventos de Natal", uma vez que "junta a tradição à arte do bordado, com inovação e o design, com a participação de empresas, designadamente dos grupos hoteleiros".

A concorrência desleal, nomeadamente através do bordado falsificado, continua a ser uma preocupação, apesar de, sublinha Miguel Albuquerque, verificar-se "sobretudo a nível do bordado clássico, da peça clássica, portanto o que é preciso fazer é introduzir peças que sejam atractivas para o consumidor".

Esta exposição conta com a participação de cinco hotéis, duas associações e um designer, a saber: Savoy Signature, com decoração de Nini Andrade Silva; Castanheiro Boutique Hotel, decorado por Lília e João Paulo Gomes; Porto Bay Hotels Resort, num trabalho de Graça Reis; Pestana Hotel Group, concebido por Liliana Dionísio; Hotel Quinta do Furão, executado por Tininha Pinto; Associação de Promoção da Madeira, feito por Dino Gonçalves; Guias Intérpretes Oficiais; e Giano Gonçalves.

Esta exposição estará patente no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias até ao dia 6 de Janeiro.