"O PS-Madeira concorda com a realização de um estudo sobre a pobreza na Região, realidade para a qual tem vindo, aliás, a alertar ao longo de anos, sem que o Governo Regional reconhecesse o problema". A posição foi assumida, hoje, pelo líder parlamentar socialista, Rui Caetano, em reacção ao tema que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO, desta quinta-feira, 18 de Novembro.

Favoráveis à realização deste diagnóstico, os socialistas consideram, contudo, que "esta decisão peca por tardia", já que, conforme sublinham em nota de imprensa, "ao longo destes anos de negacionismo do executivo, a situação de milhares de madeirenses veio a agravar-se substancialmente."

“Não há dúvida nenhuma de que é preciso conhecer o tecido social da Região, de que é necessário conhecer a dura realidade dos madeirenses que estão a atravessar este flagelo que é a pobreza e a exclusão social”, afirma Rui Caetano apontando baterias ao Governo Regional

“Quem sempre negou a realidade regional do ponto de vista social e que a Madeira era a região do país com o maior índice de pobreza e exclusão social foi o Governo Regional”, atira o deputado do PS.

O dirigente socialista insiste que "há já vários anos que o PS vem defendendo a realização deste estudo e vem denunciando a falta de estratégia do Governo Regional" e questiona o "porquê de só agora o Executivo avançar com esta caraterização do fenómeno".

“Vem tarde, mas mais vale tarde do que nunca”, ressalva Rui Caetano, reforçando a "teoria da negação que sempre foi assumida pelo Governo PSD/CDS".

Sublinha ainda o líder parlamentar do PS que, "depois tantos anos a esconder o problema, o Governo Regional apresentou a estratégia de combate à pobreza e exclusão social, sendo que, na ocasião, a própria secretária regional da tutela admitiu que a realidade social ainda será pior no próximo ano, o que só vem dar razão ao PS, quando tem defendido a necessidade de medidas urgentes para apoiar as famílias madeirenses".

Esta quinta-feira será aprovado, em Conselho de Governo, um estudo sobre a pobreza na Região, conforme avançou o DIÁRIO. A nova investigação, que será promovida pelo Governo e pela Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal, terá a duração aproximada de 18 meses e visa conhecer a fundo a realidade social na Região, dando seguimento a um dos objectivos traçados pela Estratégia Regional de Combate à Pobreza 2021-2030.