O líder parlamentar do PSD Madeira, Jaime Filipe Ramos, congratulou-se, hoje, com a a "vontade reformista" e "matriz autonomista" do Partido Social-Democrata ao avançar com uma proposta de revisão constitucional, que "contempla reivindicações importantes para os madeirenses".

Como exemplos, apontou: "a extinção do cargo do representante da República, o  valor reforçado para o estatuto político-administrativo, mais poderes legislativos, a capacidade de as regiões declararem o estado de emergência e de regiões fazerem a cogestão em matéria marítima e ainda a possibilidade de os emigrantes poderem votar para a eleição da Assembleia Legislativa da Madeira".

Numa iniciativa, realizada junto ao Palácio de São Lourenço, Jaime Filipe Ramos lamentou, contudo, que, face a esta a esta oportunidade, o Partido Socialista apresente “hesitação” e “falta de preparação”.

“Como é que é possível que um partido, 46 anos depois da nossa Autonomia, não ter um texto, não ter uma ideia, não ter uma proposta para uma revisão constitucional sobre a Autonomia e dizer que é melhor adiar para outro momento?", questiona o deputado social-democrata.

Jaime Filipe Ramos salienta que o discurso da oposição socialista “é ofensivo aos madeirenses”, que “não podem ter um partido que os representa desta maneira”.

 “Os madeirenses é que saem prejudicados, não podemos ir mais além, não podemos ter mais poderes, não podemos ter mais condições, não podemos olhar para o nosso futuro, as nossas gerações ficam hipotecadas porque há um partido que simplesmente diz: Não queremos discutir porque não estamos preparados”, insistiu.

O líder parlamentar do PSD considera ainda que "em democracia é preciso aproveitar os momentos" e “este é o momento de reformar, é o momento de avançar em matéria de revisão constitucional", vincou.