Madeira

Por cada empresa dissolvida no 2.º trimestre na Madeira houve duas constituições

Rácio entre constituições e dissoluções (2,66) nos primeiros seis meses é superior à média nacional (1,45)

Foto Helder Santos/Aspress
Foto Helder Santos/Aspress

Foram hoje divulgados os dados oficiais das constituições e dissoluções de empresas na Madeira, que apontam para mais um trimestre positivo e que garantem um rácio de 2,17 empresas criadas por cada empresa encerrada.

A informação divulgada pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, com dados fornecidos pela Direcção Geral da Política de Justiça ao INE, mostra que "no 2.º trimestre de 2021, o número de constituições de sociedades (294) com sede na Região Autónoma da Madeira foi superior ao número de dissoluções (135), resultando num saldo positivo de 159 sociedades".

E acrescenta, contudo, que comparativamente ao período homólogo, apesar de "observaram-se mais 183 constituições" houve também "mais 51 dissoluções". E a justificação parece plausível: "De notar que nesse período, principalmente no mês de Abril, fruto da paralisação económica provocada pela pandemia da covid-19, verificou-se o valor mais baixo de constituições (18) e de dissoluções (20), dos últimos 10 anos."

Na desagregação dos "dados de acordo com a Actividade Económica das sociedades constata-se que para o saldo global positivo no trimestre em referência, contribuíram essencialmente as 'Actividades imobiliárias' (+33), o 'Alojamento, restauração e similares' (+27), as 'Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares' (+18), a actividade de 'Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos' (+15), a 'Construção' (+14) e as atividades de 'Transportes e armazenagem' (+12)", pelo que "não se observaram actividades com saldo negativo", aponta.

Já quanto à localização, "no período em referência, o número de constituições foi superior ao de dissoluções em 9 municípios: no Funchal (201 contra 97), Santa Cruz (28 contra 15), Ribeira Brava (14 contra 3), Câmara de Lobos (15 contra 5), Porto Santo (9 contra 1), São Vicente (6 contra 0), Calheta (7 contra 2), Ponta do Sol (3 contra 1) e Santana (2 contra 1)", sendo certo que apenas Machico (9 contra 10) e Porto Moniz (nenhuma constituição ou dissolução) não alinharam nesta boa onda.

Dados do semestre ainda melhores

Mais, "entre Janeiro e Junho de 2021, o saldo entre constituições e dissoluções de sociedades, foi de +384 (616 constituições contra 232 dissoluções)", num rácio muito melhor devido ao ainda melhor desempenho do 1.º trimestre.

"Por actividade, observa-se que o saldo positivo mais pronunciado vem das 'Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares' (+64), das 'Actividades imobiliárias' (+62), do 'Alojamento, restauração e similares' (+45), do 'Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos' (+44), da 'Construção' (+35), das 'Outras actividades de serviços' (+27), das actividades de 'Transportes e armazenagem' (+24) e das 'Actividades de informação e de comunicação' (+22)".

Em relação "aos municípios que mais contribuíram para o valor do saldo global", o cenário parece idêntico, pois "o Funchal (+254), Santa Cruz (+36), Ribeira Brava (+25) e Câmara de Lobos (+17)", mas na verdade é bem melhor o cenário. "Em nenhum dos municípios, o número de constituições foi inferior ao de dissoluções", frisa, registando-se o caso de São Vicente e Porto Moniz ainda não terem visto nenhuma empresa dissolvida nos primeiros seis meses do ano.

Por fim, interessa lembrar que "nos primeiros seis meses do ano, o rácio entre constituições e dissoluções na RAM foi de 2,66, valor superior ao observado para o país (1,45)", garante a DREM.