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TAP vai pagar subsídios de férias diretamente aos trabalhadores da Groundforce

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A TAP vai pagar diretamente aos trabalhadores da Groundforce o valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso, anunciou hoje o Ministério das Infraestruturas e Habitação, em comunicado.

Nessa nota, a tutela de Pedro Nuno Santos indicou que "foi comunicado hoje, em reunião com sindicatos da Groundforce, que a TAP vai proceder ao pagamento do valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso diretamente aos trabalhadores" da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos).

"Esta foi a solução encontrada para ultrapassar a recusa na semana passada da administração da Groundforce em aceitar a transferência da TAP que permitiria o pagamento aos trabalhadores do subsídio que lhes era devido", adiantou o Governo.

"Ao mesmo tempo, a TAP vai abreviar o pagamento definido contratualmente para saldar a fatura relativa a serviços prestados em junho, garantindo que a administração da Groundforce tem liquidez suficiente para pagar integral e atempadamente os salários dos trabalhadores relativos ao mês de julho", adiantou o ministério, sublinhando "que o valor dos serviços prestados pagos pela TAP à Groundforce é superior às necessidades salariais dos trabalhadores" da empresa.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse esta terça-feira que a TAP estava a trabalhar numa solução para pagar subsídios de férias na Groundforce e assegurar os salários de julho.

Durante uma audição regimental na Comissão da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, o governante recordou que a TAP já tinha demonstrado disponibilidade para pagar os subsídios.

Pedro Nuno Santos realçou que esta solução está a ser desenhada para que não dependa da vontade de quem controla a empresa de 'handling', ou seja, a Pasogal, de Alfredo Casimiro.

"No curto prazo, a TAP tinha mostrado disponibilidade para pagar subsídios de ferias, isso mantém-se", adiantou, recordando que foi a Groundforce que não aceitou a solução.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.