Madeira

Apartamentos T4 na Madeira foram os que mais valorizaram no país

Segundo ranking 'Idealista', além desses, a Madeira destacou-se nas maiores valorizações de moradias, estúdios (T0), apartamentos T2 e também T3

A valorização de apartamentos maiores é um facto notado pelo portal idealista.   Foto Arquivo/Aspress
A valorização de apartamentos maiores é um facto notado pelo portal idealista.   Foto Arquivo/Aspress

Os preços das casas à venda em Portugal subiram 7,4% em Junho de 2021 face ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o mais recente índice de preços do portal 'idealista'. "No entanto, este crescimento anual não foi homogéneo em todas as tipologias e zonas geográficas do país", frisa numa nota divulgada esta quarta-feira. Um facto, comprovado pelos números, é que qualquer uma das tipologias à venda na Madeira está acima da média nacional, nalguns casos como os 'T4 ou mais' duplicando ou triplicando o aumento percentual da valorização.

Aliás, esta tipologia coloca a Madeira no mapa das regiões com os maiores aumentos no último ano, sendo certo que a tipologia T1 foi a que menos cresceu, ainda assim perto de 10%. 

A nível nacional "os apartamentos com três quartos (T3) foram os que registaram um maior aumento nos seus preços: subiram 9,6% no último ano. Seguem-se os apartamentos com quatro quartos (T4) ou mais, com uma subida de 7,8%. Os apartamentos com um quarto (T1) registaram um aumento de 7,7% e os estúdios uma subida de 7,6%. Já nas moradias, a subida de preços foi ligeiramente menor - de 7,2%. Mas evolução menos acentuada foi mesmo verificada nos apartamentos com dois quartos (T2), onde o aumento foi de 6,6%", realçam os dados do portal.

"Na cidade de Lisboa, os preços não apresentaram subidas em todas as tipologias. Os T4 ou mais, registaram uma descida de 1,3%, seguida pela descida de preços dos T3 de 0,2%. Por outro lado, foi nos T1 onde se assistiu a um maior aumento de preços (9,4%), seguido pelos estúdios (6,9%), pelos T2 (3,3%) e pelas moradias, com um aumento de 1,5%", afiança. "Já no distrito de Lisboa, todas as tipologias subiram de preço. O maior aumento registado foi nos T1, onde os preços subiram 11,2%. Seguem-se as moradias (10,4%), os estúdios (9,1%), os T4 ou mais (5,2%), os T3 (3,5%) e os T2 (0,5%)", acrescenta.

"Na cidade do Porto, os T2 foram a tipologia que mais subiram de preço, com um aumento de 8,5%. A seguir esta tendência de subida na cidade, estão as moradias (8,3%), os T3 (5,5%), os estúdios (2,7%), os T4 ou mais (2,4%) e os T1 (0,9%)", resume. "Tal como na cidade, no distrito do Porto nenhuma tipologia apresentou descidas de preços neste período. O maior aumento registado no distrito foram nos T3, onde é 11,9% mais caro comprar. Seguem-se os T2 (10,4%), as moradias (9,7%), os T4 ou mais (8,1%), os estúdios (4,9%) e por último os T1 (3,2%)".

Madeira a destacar-se me várias tipologias

Olhando ao pormenor, "foi no distrito de Setúbal onde as moradias assistiram a um maior aumento de preços: subiram 16,4% nos últimos doze meses. Seguem-se a Ilha da Madeira (15,5%) e os distritos de Vila Real (11,9%) e Braga (11,3%)", refere, acrescentando que "apenas três distritos viram o preço das moradias descer, sendo a maior queda registada em Portalegre (-3,3%), seguida por Coimbra (-1,6%) e Bragança (-0,1%). Em relação às cidades, foi em Viseu onde as moradias mais subiram de preço no país, com um aumento de 25,4% no último ano. Segue-se Aveiro (22,1%), Setúbal (18,5%) e Castelo Branco (17%). Já em Bragança, os preços das moradias desceram 8,6%, sendo a maior descida do país, seguida por Beja e Santarém (-0,9% em ambas cidades)". O Funchal aqui teve um aumento de 6,7%.

Já "os estúdios registaram as suas maiores subidas de preço no distrito de Bragança (25%), na Ilha da Madeira (17,3%), nos distritos de Santarém (13,6%), Lisboa (9,1%), Porto (4,9%) e Faro (4,1%)", ocorrendo "as maiores descidas apresentadas foram nos distritos de Viana do Castelo (-23,8%), Guarda (-21,2%), Beja (-20,8%), Leiria (-16,4%) e Castelo Branco (-11,6%). Em relação às cidades, os maiores aumentos dos preços dos estúdios foram registados em Setúbal (22,6%), Bragança (21,2%) e Faro (13,7%). As maiores quedas nos preços encontram-se em Santarém (-28,8%), Castelo Branco (-26,8%) e Guarda (-23,9%)", situando-se o Funchal com um aumento modesto de 2,6%.  

Por outro lado, "no mercado nacional dos apartamentos T1, destaca-se o salto nos preços das casas para comprar situadas nos distritos de Vila Real (24,4%), Coimbra (19,9%), Guarda (19,6%) e Aveiro (18%).  Portalegre (-17,5%) foi o distrito onde os T1 mais desceram de preço, seguido pelos distritos de Évora (-14%) e Beja (-6,1%)", sendo que a Madeira apenas cresceu 9,4%. "Em relação às cidades, foi em Leiria (30,6%) onde os preços mais subiram, seguida por Setúbal (29,6%), Santarém (15,2%) e Viana do Castelo (10,7%). Em sentido contrário, desceram em Évora (-26,5%), Castelo Branco (-25,4%) e Guarda (-18,1%)", acrescenta. O Funchal registou uma evolução positiva de 4,9%.

O 'idealista' continua: "Foi no distrito de Aveiro onde os apartamentos T2 apresentaram uma maior subida de preços: 20,8%. Seguem-se os distritos de Vila Real (18,1%), Braga (13,7%), Ilha da Madeira (13,6%), distritos de Coimbra (11,9%) e Porto (10,4%). Por outro lado, o preço dos T2 apenas desceram nos distritos de Bragança (-6,4%) e Portalegre (-3%)". E afiança: "Analisando por cidades, também foi em Aveiro onde os T2 mais subiram de preços (16,7%), seguida por Setúbal (15,1%) e Viana do Castelo (13,7%). Já em Bragança desceram 15,8%, sendo a maior queda ao nível das cidades. Seguem-se Ponta Delgada (-7,4%) e Santarém (-0,2%)." O Funchal até teve desempenho positivo de 7,3%, a segunda maior evolução em termos de tipologias de habitação.

Continuando, "em nenhum dos distritos analisados foi registado uma descida nos preços dos apartamentos de tipologia T3. A maior subida apresentada foi no distrito de Coimbra (13,9%), seguido pelos distritos de Vila Real (12,2%), Porto (11,9%), Braga (11,8%) e Ilha da Madeira (11,4%).  Já na análise por cidades verificam-se tanto subidas como descidas nos preços das casas. Os maiores aumentos foram registados em Coimbra (25,2%), Viseu (17,9%) e Aveiro (17,6%). As descidas nos preços foram verificadas em apenas três cidades: Bragança (-7,7%), Ponta Delgada (-4,9%) e Lisboa (-0,2%)".  A capital madeirense teve uma evolução positiva de 5,4%.

"Por último, os apartamentos de maiores dimensões, os de tipologia T4 ou mais, apresentaram as maiores subidas de preço na Ilha da Madeira (21,9%), nos distritos de Setúbal (17,7%), Braga (11%) e Porto (8,1%). Houve apenas um distrito que viu os preços dos T4 ou mais a descer neste período: Portalegre que registou uma variação de -5,6%. Analisando por cidades, é em Setúbal que os preços mais aumentaram nesta tipologia, 20,7%. Seguem-se Viseu (20,2%), Funchal (16,5%) e Castelo Branco (15,4%). Em sentido contrário, desceram em Ponta Delgada (-7,2%), Guarda (-1,9%) e Lisboa (-1,3%)", conclui.

Estes dados levam a crer que os bons desempenhos do sector imobiliário na Madeira, em termos de aumentos percentuais de preços, não se devem tanto ao que 'ditou' o Funchal, que serve sempre como barómetro, mas sim outros concelhos.