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Reino Unido quer reduzir intervalo entre as duas doses da vacina

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Foto AFP

O intervalo entre as duas doses da vacina contra a covid-19 pode vir a diminuir de oito para quatro semanas no Reino Unido, para acelerar a administração da vacinação completa, noticiou hoje o jornal The Sunday Times.

Segundo o jornal, o Governo britânico pediu ao Comité Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês), um parecer urgente no sentido de reduzir o intervalo entre as duas doses, com vista ao levantamento de todas as restrições a partir de dia 19 em Inglaterra.

O Comité Conjunto de Vacinação e Imunização é o organismo que aconselha o Governo sobre a implementação do programa de vacinação, nomeadamente os grupos prioritários.

Se este comité der 'luz verde' a esta alteração, vai ser possível viagens ao exterior para milhões de pessoas durante as férias escolares, que começam no final deste mês e prolongam-se até ao início de setembro.

O Governo de Boris Johnson anunciou, recentemente, que os britânicos com a vacinação completa contra a covid-19 não terão de ficar em quarentena 10 dias quando regressarem a Inglaterra provenientes de países considerados de médio risco.

De acordo com especialistas, o aumento de casos da variante Delta registado no Reino Unido nas últimas semanas deve-se a infeções entre jovens que ainda não foram vacinados ou que apenas receberam a primeira de duas doses.

No dia 19, as últimas restrições serão levantadas em Inglaterra e, assim, manter distância social ou usar máscaras passará a ser opcional, embora a oposição política e especialistas peçam o uso de máscara no transporte público.

Até ao momento, 86,8% da população adulta recebeu a primeira dose e 65,3% dos adultos as duas doses.

De acordo com os dados oficiais mais recentes, 35.707 novas infeções e 29 mortes foram registadas no Reino Unido na sexta-feira.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.