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Entrega de vacinas Johnson & Johnson nos EUA diminuirá drasticamente

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As entregas nos EUA da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson vão diminuir drasticamente na próxima semana, por dificuldades de produção, anunciaram hoje as autoridades de saúde norte-americanas.

A agência de controlo de medicamentos norte-americana anunciou ainda que a capacidade de produção nos EUA desta vacina fica dependente de a empresa farmacêutica ser autorizada a operar numa fábrica que passou por grandes problemas de produção.

"Esperamos níveis mais baixos (de entregas) semanais até que essa fábrica receba autorização", disse Jeff Zients, coordenador na Casa Branca da luta contra pandemia de covid-19.

Na próxima semana, as vacinas da Johnson & Johnson que serão distribuídas aos diversos estados diminuirão para 700 mil, depois de terem sido distribuídas 4,9 milhões na semana que hoje termina, segundo os dados das autoridades sanitárias norte-americanas.

A empresa prometeu entregar quase 100 milhões de doses ao Governo dos Estados Unidos até final de maio e garante que vai cumprir esse compromisso.

Na semana passada, surgiram revelações sobre um lote de doses - cerca de 15 milhões de acordo com os 'media' norte-americanos -- que foram desperdiçadas por engano numa fábrica em Baltimore, Maryland, depois de confusão de ingredientes com a vacina da AstraZeneca.

Desde esse caso, a produção da vacina da AstraZeneca foi retirada dessa fábrica e funcionários da Johnson & Johnson foram enviados para supervisionar as operações.

"A Johnson & Johnson assume total responsabilidade" por este incidente, disse a empresa norte-americana num comunicado divulgado no sábado, assegurando que está a "trabalhar em estreita colaboração" com as autoridades sanitárias.

"Quando receberem a autorização, a empresa pensa que será capaz de uma taxa (de produção) de oito milhões de doses por semana", disse hoje Jeff Zients, que não se pronunciou sobre o prazo de início dessa produção.

A vacina da Johnson & Johnson, que tem a vantagem logística de ser administrada em dose única, foi autorizada nos Estados Unidos no final de fevereiro, após a aprovação das da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

A Johnson & Johnson entregou nos EUA 20 milhões de doses, cumprindo as metas que haviam sido estabelecidas.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou no início de março que queria que os Estados Unidos duplicassem o pedido de vacinas desta empresa, comprando 100 milhões de doses adicionais às 100 milhões que já eram objeto de um contrato.

Hoje, também, a aliança Pfizer/BioNTech entregou junto das autoridades sanitárias dos EUA para estender a autorização de aplicação das suas vacinas contra a covid-19 a adolescentes entre 12 e 15 anos.

Num comunicado, a aliança de farmacêuticas informou ainda que tenciona repetir esse pedido a "outras autoridades regulatórias noutras partes do mundo, nos próximos dias".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.