Que a história se repita, mais uma vez

Vamos directo ao assunto: o Marítimo precisa de ser salvo. Primeiro, da descida; depois da incompetência.

Não vale a pena gastar as minhas palavras neste espaço para elencar todos os deméritos ou méritos da actual administração do Marítimo. Outros já o fizeram nestas páginas e provavelmente com melhor competência do que eu e com mais precisão.

O Marítimo precisa de uma mudança? Precisa. Mas antes disso, o que o Marítimo precisa é de ser salvo, agora!

Precisa de ser salvo de uma descida de divisão que embora ainda não confirmada, vai-se confirmando há várias épocas.

Ano após ano, a receita tem sido a mesma e os resultados do cozinhado também. Más decisões e maus treinadores têm levado a maus resultados. Obviamente.

Como escreveu Fernando Pessoa, “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho”.

Eu não tenho esperança que a actual direcção do Marítimo vá mudar a sua forma de trabalhar ou olhar para o futebol. Está desactualizada para dizer o mínimo e é incompetente para ser honesto.

Só espero verdadeiramente que as poções mágicas utilizadas noutros anos voltem a resultar este ano. Não sei se é com cordões humanos ou com prémios de jogo. O primeiro é bonito de ver, mas desaconselhável em tempos de covid; o segundo, mais prático e apetecível para quem tem de meter a bola lá dentro.

Não importa a solução.

O que é verdadeiramente crucial é que o Marítimo seja salvo de uma descida de divisão humilhante e triste para quem sente o clube.

Portanto, esta carta é um apelo ao auto-intitulado salvador do Marítimo: salve-nos outra vez.

Para quem parece esforçar-se tanto para ficar na história como o refundador do nosso clube centenário, evitar a descida não será pedir muito.

Sobre o futuro, logo se vê.

T. S.