Madeira

CDU protesta contra "decisão irracional" que proíbe comercialização do peixe 'Gata'

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A CDU esteve hoje em Câmara de Lobos para protestar contra "a decisão irracional" da Comissão Europeia em proibir, nos próximos dois anos, a captura, transporte e descarga do peixe 'Gata'.

"A pesca do peixe 'Gata' de Câmara de Lobos é um a pesca acidental que acontece em consequência da pesca do Peixe Espada Preto.  É que o dito tubarão partilha o mesmo habitat de águas profundas do peixe-espada-preto pelo que, acidentalmente, pica os anzóis do peixe-espada. Quando a espécie chega à superfície já não tem vida, pelo que devolvê-la ao mar não protege a espécie e é atirar bordo fora um recurso económico adicional em terra", disse o deputado do PCP, Ricardo Lume.

"Já em 2015 a Comissão Europeia baseando-se em pareceres científicos sobre a ameaça à espécie, proibiu a captura deste tubarão de profundidade,  mas foi possível reverter a decisão pois foi comprovado que a pesca era acidental e que a proibição do transporte de comercialização do referido pescados não trazia benefícios para a preservação da espécie", acrescentou.

Porém, sustentou Ricardo Lume, "a comercialização do peixe 'Gata' é importante para a economia regional principalmente para a freguesia de Câmara de Lobos representando uma fonte de rendimento para mais de 200 famílias".

"Segundo os dados divulgados pelo Governo Regional o peixe 'Gata' descarregado em lota rendeu 32 mil euros em 2019", revelou.

"Tendo em conta a irracionalidade da decisão das instituições da União Europeia e atendendo aos negativos impactos económicos e sociais conexas com essa proibição de captura, transporte e descarga do peixe 'Gata' os  órgãos regionais representativos do povo  devem de assumir o seu protesto para com a decisão tomada pela Comissão Europeia num claro posicionamento político", sustentou.

No seu entender, "também não é aceitável que o Governo Regional e o Governo da República baixem os braços na defesa da nossa economia regional e local e permaneçam apáticos perante os ditames, da União Europeia que prejudicam a economia regional".

"Perante esta decisão da Comissão Europeia, já entregamos na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira um voto de protesto" rematou.

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