Desporto

Portugal falha apuramento para o Euro'2021

A selecção portuguesa hipotecou hoje uma inédita presença no Campeonato da Europa de 2021, ao perder na recepção à Ucrânia, por 87-58, numa partida onde a madeirense Maria João Correia foi a 'estrela' lusa

Fotos FIBA
Fotos FIBA

A selecção portuguesa feminina de basquetebol hipotecou hoje uma inédita presença no Campeonato da Europa de 2021, ao perder na recepção à Ucrânia, por 87-58, em encontro da quinta e penúltima jornada do Grupo G.

Num Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos sem público, a equipa das 'quinas', 28.ª colocada do 'ranking' europeu, já perdia ao intervalo (33-28) com a 16.ª da tabela continental, portadora de nove participações em Europeus e campeã em 1995.

No plano individual, a madeirense Maria Correia foi a jogadora lusa mais valiosa, com 18 pontos, três ressaltos e três assistências, secundada pelos 10 de Laura Ferreira, ambas abaixo dos 29 pontos, nove ressaltos e três assistências de Krystyna Matsko no conjunto de Leste.

Referência ainda para a outra madeirense Marcy Gonçalves que ao longo dos cerca de seis minutos que esteve em campo apontou quatro pontos para a equipa das Quinas.

Portugal permanece no terceiro posto, com os mesmos seis pontos da Finlândia, última colocada, dois abaixo da Ucrânia, segunda, e a quatro da Bélgica, líder isolada e única apurada do Grupo G, que defrontará no sábado, às 18 horas, na 'bolha' de Matosinhos.

A formação belga, que horas antes derrotou a Finlândia (82-47), integra o lote de nove primeiras classificadas e cinco melhores segundas com entrada no próximo Europeu feminino de basquetebol, aprazado de 17 a 27 de Junho, em Espanha e França.

Sem a habitual base Inês Viana, o 'cinco' de Ricardo Vasconcelos demorou a acertar as movimentações ofensivas face à agressividade defensiva ucraniana e foi castigada em situações de contra-ataque, sofrendo sete pontos seguidos (4-10) aos cinco minutos.

Portugal melhorou com o primeiro desconto de tempo, despontou no 'tiro' exterior e até inverteu a contagem (12-10), embora o desacerto na conversão de lançamentos livres e de dois pontos devolvessem a vantagem forasteira no final do primeiro quarto (16-21).

A toada repartida prolongou-se no parcial seguinte e a equipa das 'quinas' teve o mérito de continuar a condicionar o ritmo da conceituada extremo Alina Iagupova até aos 14 minutos, quando executou o nono lançamento e faturou os primeiros pontos (26-24).

Essa jogada inseriu-se num parcial de dez pontos consecutivos e ajudou a resgatar a superioridade da Ucrânia a caminho do intervalo (28-33), reflectindo uma menor eficácia lusa, com apenas dois lançamentos livres convertidos nos derradeiros cinco minutos.

O equilíbrio desfez-se na segunda parte, na qual a formação de Ricardo Vasconcelos passou a atacar em zonas mais distantes do cesto face à crescente pressão adversária, cedeu junto às tabelas (38 ressaltos contra 44) e acumulou 'turnovers' (19 contra 15).

Sedenta de um triunfo folgado para acalentar esperanças de qualificação, as pupilas de Srdjan Radulovic cresceram com o avanço do relógio e evoluíram no lançamento de três pontos (41% contra 32%), cifrando 18 pontos à maior no terceiro quarto (45-63).

Nem a paragem forçada por falhas electrónicas no marcador do pavilhão inibiu tamanha pujança da Ucrânia no derradeiro período, com os oito triplos da inspirada Krystyna Matsko em 12 tentativas a estimularem uma diferença final de 29 pontos (58-87).

Madeirense fala em erros que se pagam caros

"Cometemos erros na defesa que não podíamos e pagámos caro por isso. Preocupamo-nos demasiado com uma jogadora e houve outras que apareceram. Andámos atrás do resultado e não conseguimos baixar a diferença. Apesar de já não ser possível o apuramento, resta-nos preparar para surpreender a Bélgica. Vai ser difícil, mas o nosso objectivo é tentar fazer o melhor possível. Será mais uma oportunidade para trabalhar e jogarmos juntas e isso servirá sempre para o futuro." Maria João Correia (jogador madeirense da selecção portuguesa
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