A Cantora de/na rua

No mês de dezembro em frente da entrada da Marina do Funchal, onde estava instalado a atração do Natal – o túnel de luzes com “Feliz Natal” – para turistas e residentes, esteve uma rapariga a cantar.

Esta «Cantora de rua» animou de sexta a domingo os fins de semana do mês do Natal. As suas canções deram vida, à vida funchalense.

As crianças e jovens interagiram com ela, algumas vezes, falando e tirando fotos. Algumas delas até cantaram com a cantora. Pessoas adultas também (algumas) falaram com a moça.

Outros fotografavam ou filmavam a cantora e o seu instagram que estava colado numa caixa perto dos seus pés.

Em frente fica o MacDonald’s e outros restaurantes e, a voz e música chegavam, a quem lá estava.

Uma senhora perguntou à amiga, que comia com ela se sabia o nome, enquanto comiam um hambúrguer…

Uma jovem que ia a passar escutou-as e respondeu: chama-se Beatriz, é ponta-solense, foi minha colega na Escola Padre Manuel Álvares, da Ribeira Brava!

Por lá também passaram amigos e conhecidos da jovem e algumas ex-professoras.

Casais estrangeiros apaixonados dançavam ao som da música.

Um jovem dançarino, do Conservatório madeirense, dava mais emoção às canções, brilhando com as suas danças contemporâneas.

A barraca de castanhas estava sempre concorrida, os vendedores de balões, bijutarias e peças em madeira, completavam o enredo…

Findo o Ano Novo a «Cantora de rua» desapareceu. Voltou ao continente para estudar.

Os seus fans seguem-na no Instagram.

Ela regressará à sua Ilha, para estagiar num possível hotel, caso consiga, é esse o seu propósito, e terminar o Curso de Gestão Hoteleira.

Se a pandemia, depois das férias da Páscoa, permitir e se não trabalhar aos fins de semana, talvez ela regresse para cantar, fazer o que mais gosta.

Fernando Abrunhosa