Madeira

PS Madeira insiste em apoios a fundo perdido para responder ao desemprego do país e queda do PIB

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O PS Madeira manifesta "a sua enorme preocupação" relativamente aos dados estatísticos divulgados nos últimos dias, informa o partido através de comunicado enviado para a redacção.

"Com o desemprego nos 10,7%, o valor mais alto do país, e a estimativa do PIB a descer 21%, o triplo do valor a nível nacional, a situação económica na Região Autónoma da Madeira é de enorme gravidade e os dados refletem uma conclusão: como o PS Madeira tem referido, a resposta desenhada pelo Governo Regional à crise económica não está a surtir efeitos na economia real, nem a preparar a Região para os próximos trimestres de acentuada queda, insistido na urgência de apoios a fundo perdido", começam por defender os socialistas.

Para o PS Madeira, os dados do desemprego mostram que a Madeira é a Região com a mais alta taxa de desemprego do país, fixada nos 10,7%, que se traduz numa escalada nos níveis de população desempregada - números estes que os socialistas relevam já ter alertado aquando da divulgação de dados do 3.º trimestre de 2019 e que cuja tendência se agrava, em particular nos sectores do comércio, alojamento e restauração.

Relativamente às estimativas para o PIB da RAM em 2020, diz o grupo parlamentar do PS Madeira que apontam para uma quebra na ordem dos 21%, indicando que estes "não são apenas superiores às previsões do Governo Regional", mas também "quase o triplo da quebra do PIB a nível nacional cujos últimos dados conhecidos a situa nos 7,6%".

Para Sérgio Gonçalves, a realidadecontradiz e expõe "a visão ficcionada por parte do Governo". Diz o deputado do PS Madeira: “Temos assistido a um discurso por parte do Governo Regional que é completamente desfasado desta triste realidade, em particular quando se passa repetidamente uma mensagem de que a economia está a funcionar e que os apoios permitem a manutenção de milhares de postos de trabalho. O cenário é bem diferente e deveras preocupante, conforme provam as estatísticas, e apenas vem demonstrar a necessidade de reforçar os apoios às famílias e às empresas”

Sérgio Gonçalves defende que há uma preocupação de manter uma imagem de boa governação, em vez de uma preocupação em dotar a economia dos apoios necessários para resistirem às fortes quebras.

“Como é possível dizermos que temos a economia a funcionar quando temos o sector do turismo em suspenso, com a hotéis vazios de hóspedes, o que afecta não apenas a hotelaria, mas todas as empresas do sector directamente, com reflexos negativos brutais em toda a nossa economia?”, questiona.

PS Madeira insiste nos apoios a fundo perdido

O PS Madeira insiste ainda na urgência de apoios a fundo perdido ao invés de linhas de empréstimo, que defendem ser insuficientes e para conter a crise, bem como uma maior agilização e desburocratização dos apoios.

“Muitos dos apoios anunciados assumiram, até à data, o cariz de empréstimos e mais endividamento por parte das empresas, quando é urgente garantir medidas com componente a fundo perdido. Mesmo apoios que contemplam esta possibilidade, caso dos apoios ao funcionamento relativos a custos incorridos em 2020, foram prometidos em Outubro do ano passado e, chegados a meados de fevereiro, ainda não foram disponibilizados”, aponta.

A urgência de apoios a fundo perdido, reitera o partido, assume maior importância face à subida do desemprego. 

O PS sublinha também que os dados estatísticos mostram a subida do peso da dívida regional, tal como o próprio orçamento da Região para 2021 já indicava, em resultado do empréstimo de 458 milhões de euros a que o Governo Regional recorreu. "Perante os indicadores que agora temos com referência a 2020, urge questionar de que forma é que esse recurso a mais dívida serviu para proteger as pessoas e as empresas, e não apenas para manter os planos de investimentos programados antes da pandemia, ainda por cima, quando transitaram e não foram executados quase 300 milhões de euros do orçamento de 2020", lê-se no mesmo comunicado.

“Enquanto não dispomos das desejadas verbas comunitárias, é fundamental que a dívida que foi criada e que será paga por todos os madeirenses seja efectivamente utilizada para os apoiar, ao invés de os condenar ao desemprego e às falências, mantendo as mesmas políticas e prioridades do passado”, conclui Sérgio Gonçalves.

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