Madeira

ANAC culpada de não querer minorar o constrangimento operacional no Aeroporto da Madeira

Albuquerque acusa a República de estar “absolutamente nas tintas” para a Madeira

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Neste dia de vento forte que obrigou ao desvio e cancelamento de quase todos os voos programados de e para o Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo, o presidente do Governo Regional voltou a criticar a Autoridade Nacional de Aviação Civil – ANAC, por continuar a ignorar o pedido de instalação no aeroporto de sistema que permitiria minimizar, até 20%, os constrangimentos impostos pelos limites de vento nas aterragens.

“Estamos há espera que um organismo qualquer que há para lá de uns tipos importantes no continente decidam esta questão, e nunca mais decidem, o que é normal como é importante para a Madeira”, começou por criticar, referindo-se ao reivindicado Sistema LIDAR, equipamento que “poderia resolver parte do problema”, ao lembrar que a estimativa dos estudos aponta que 20% dos voos impedidos de aterrar em Santa Cruz, por imposição dos limites de vento operacionais, poderiam fazê-lo em segurança com o auxílio do referido sistema.

Razão para criticar os responsáveis da entidade reguladora da aviação civil de só pensarem nos seus “tachos e não fazem nada. O costume”, acentuou.

“São sempre os mesmos. Eles vão circulando naquele organismo e nunca conseguem resolver nada, nunca está orçamentado, é sempre um problema. Tudo o que está para resolver para a Madeira o governo português está-se absolutamente nas tintas, que é o que tem acontecido nos últimos anos”, acusa.

Lamenta que as conclusões de duas comissões já criadas para estudar a questão dos limites de vento operacionais impostas no Aeroporto da Madeira continuem a ser ignoradas. Assim como a predisposição do Governo Regional em adiantar o dinheiro necessário à aquisição da referida tecnologia. “Se for preciso até adianto o dinheiro do orçamento regional, mas nem assim se consegue resolver”, lamentou.

De resto, pediu “alguma paciência” aos milhares de passageiros afectados pelo forte constrangimento causado pelo mau tempo “que não conseguimos controlar” e que teve forte impacto na operação aérea prevista para hoje na Madeira.