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Milhares de pessoas em novos protestos contra as vacinas na Austrália

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Milhares de pessoas manifestaram-se este fim de semana em várias cidades australianas contra a resposta do governo à pandemia e à vacinação obrigatória contra a covid-19.

No centro da cidade de Melbourne, no estado de Vitória, mais de mil pessoas reuniram-se pacificamente com bandeiras australianas e cartazes contra a vacinação e as restrições para combater a covid-19, enquanto gritavam slogans como "o meu corpo, a minha escolha".

Uma pequena mas destacada parte dos manifestantes tinha ligações com a ultra-direita e teorias da conspiração, de acordo com a emissora pública ABC.

As autoridades de Vitória, o segundo estado mais populoso do país e o mais duramente atingido pela pandemia, tornaram obrigatória a vacinação contra a covid-19 para aceder à maioria dos espaços públicos e locais de trabalho.

Melbourne, que em outubro se tornou a cidade do mundo com mais dias acumulados sob rigoroso confinamento, procura agora regressar à normalidade, com leis que penalizam quem optou por não se vacinar.

No estado de Queensland, milhares de pessoas também se mobilizaram hoje para protestar contra as vacinas, o confinamento e o uso obrigatório de máscaras.

A concentração na cidade de Coolangatta, perto da fronteira com o estado de Nova Gales do Sul, ocorreu horas depois de Queensland autorizar viagens de pessoas vacinadas de outros estados australianos.

Após alguns atrasos na campanha de vacinação, a Austrália conseguiu recuperar, tornando-se num dos países com a maior taxa de inoculação, tendo 89% das pessoas com idade igual ou superior a 16 anos recebido duas doses da vacina.

Depois de fechar as fronteiras e implementar confinamentos em vários estados, a Austrália conseguiu limitar a propagação da covid-19, mas a variante Delta está a revelar-se mais difícil de controlar, levando as autoridades a apostarem na vacinação.

Desde o início da pandemia, o país, com 25 milhões de habitantes, registou 222.000 infeções e cerca de 2.000 mortes.

A covid-19 provocou pelo menos 5.286.793 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,88 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.645 pessoas e foram contabilizados 1.190.409 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.