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Investigação e Desenvolvimento (I)

Fiz, em outubro, a promessa de tratar do tema que titula o presente artigo. Na realidade, o tema enquadra-se no propósito estratégico de aumentar esta componente na Universidade da Madeira. Na cerimónia de abertura do ano escolar, ocorrida no passado dia 27 de outubro, no Colégio dos Jesuítas, centrei a minha intervenção nesta matéria, de extrema importância para o desenvolvimento da Universidade e da Madeira.

Tinha como objetivo caraterizar e estabelecer os eixos de evolução da Investigação e Desenvolvimento (I&D) na UMa. Nesse sentido, a Universidade da Madeira tem dado exemplo de um assinalável trajeto de crescimento, em muitas das suas áreas de investigação. Como referi no artigo anterior, o número e valor de projetos de investigação passou de 17, em 2016, para 70, atualmente, correspondendo a uma evolução de compromissos financeiros de 2,4M€ para 11M€. Embora muito positivo, este crescimento não nos deve fazer aligeirar o passo.

A estratégia da Universidade passa, naturalmente, por saber retirar desta evolução as seguintes consequências:

1. O compromisso académico de associar processos, resultados e qualidade com a componente docente, pois a uma maior qualidade de investigação deve suceder uma melhor qualidade do sistema de ensino;

2. A capacidade de reforçar a captação de novos projetos, quer no âmbito do Plano Operacional da Madeira, das RUP (Regiões Ultraperiféricas) ou do Programa MAC (Madeira, Açores, Canárias), ou de programas promovidos pela Comissão Europeia; quer ainda no âmbito daquelas a que não podíamos candidatar;

3. A colaboração interinstitucional no sentido de, tanto com o Governo Regional e suas Secretarias, como com as autarquias, como com empresas e outros organismos públicos e privados, regionais, nacionais e internacionais, continuar este processo de fazer da Universidade da Madeira e da Madeira, um centro de ciência, investigação, inovação, tecnologia e empreendedorismo;

4. A manutenção e reforço dos atuais centros ou centros partilhados e polos, financiados pela FCT-Fundação para a Ciência e Tecnologia, bem como a criação de novos centros.

Tanto a Universidade como o Governo Regional, que, no discurso pronunciado na referida cerimónia pelo seu Presidente, Dr. Miguel Albuquerque, reafirmou a política de apoio à Universidade e à interligação com os seus eixos estratégicos em I&D, como sejam o Centro de Estudos sobre o Cancro e, fundamentalmente, a integração da componente universitária, na área da saúde, no anunciado Hospital Central e Universitário da Madeira, entre muitos outros, de que se fará letra em próxima crónica.