Madeira

PS-São Vicente denuncia "falsas promessas" do presidente da autarquia

Helena Freitas defende que requalificação da frente mar deve respeitar critérios ambientais

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A concelhia de São Vicente do Partido Socialista denuncia "falsas promessas" feitas pelo presidente da Câmara Municipal, José António Garcês, aquando da campanha feita para as eleições autárquicas, nomeadamente que a obra de requalificação da frente mar da vila iria avançar, independentemente dos estudos de impacte ambiental.

O PS- São Vicente acusa que "contrariamente ao que foi avançado por José António Garcês, as notícias agora vindas a público dão conta que a associação ambientalista Quercus impugnou a declaração de impacte ambiental do projecto, por considerá-la «muito deficiente», contrariando, assim, a decisão favorável tomada pela Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas". 

Helena Freitas, presidente da concelhia do PS, lembra que, durante a campanha eleitoral, alertou para o facto de o estudo de impacte ambiental ser bem claro quanto ao não avanço da obra e à perigosidade da mesma, tendo José António Garcês alegado que essa avaliação não era impeditiva. Curiosamente, agora, “a Quercus alega que a obra não pode avançar”, refere a socialista, acusando o autarca de fazer “falsas promessas apenas para ganhar eleições”.

Helena Freitas recorda que este já não é um problema novo e que já houve projectos anteriores que previam melhoramentos e estacionamentos em frente aos negócios, tendo apenas uma única faixa de rodagem, sem mexer na praia de calhau rolado. No entanto, o executivo camarário alterou o projecto inicial, numa atitude que custou 90 mil euros aos cofres da edilidade, sendo que esta revisão e o estudo de impacte ambiental “vieram demonstrar as fragilidades desta obra no que concerne ao mar, à alteração da onda de norte e ainda à escarpa sobranceira à frente mar”.

A presidente da concelhia do PS esclarece que defende a requalificação da frente mar, mas não nos moldes em que está a ser projectada pela autarquia. Tal como sustenta, é necessária uma requalificação “que integre a necessidade da população local de criação de emprego e outras oportunidades para o concelho, que valorize o espaço, tornando-o mais atractivo e dinâmico, mas que não ignore as preocupações ambientais, evitando cair nos mesmos erros de intervenções anteriores”.

“Existem já outras ideias e projectos desenhados a pensar nas especificidades da frente mar de São Vicente que devem ser equacionados, de modo a avançar com a requalificação, sem, contudo, negligenciar as ameaças que têm sido mencionadas, quer por estudos técnicos, quer por pessoas experientes e conhecedoras da Região”, vinca Helena Freitas.