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Algumas coisas sem importância

Para entender o funcionamento dum território ou de um país e perceber os seus equilíbrios ou desiquilíbrios, para os corrigir ou alterar, devemos sempre analisar em primeiro lugar nas coisas mais simples. Se atendemos ás notícias e informações dos “media” para interpretar esses defeitos ou essas qualidades, podemos não chegar lá... porque algumas situações são difíceis, inacessíveis e por vezes enclausuradas. Mas, comecemos ao contrário e vamos ás coisas muito complicadas, que são sempre notícia dos jornais: ... um caso dum paciente com 16 anos, internado num hospital oncológico com patologia grave, com necessidade absoluta de transfusão sanguínea,... sendo que esta prática terapêutica foi recusada, pela opção religiosa do próprio e dos seus ascendentes ... colocando a hipótese extrema, em recorrer aos tribunais, no sentido de validar esta opção pessoal ... “decapitando” a progressão do tratamento, com uma repercussão evidente - alto risco para a vida. E a decisão jurídica, apesar da idade, pode conceder idoneidade ao paciente, para decidir o rumo da sua vida na situação em causa . Conclusão provisória: - Vivemos num país e num mundo, onde, no ano de 2021, a liberdade religiosa pode interferir com a decisão da vida e da morte ... mesmo no caso dum jovem menor de 16 anos de idade. Outro caso também complicado, ... na outra semana, uma “cena” relativa a uma menina de 12 anos, que resolveu recusar a vacina da Covid-19 - desconheço qual a justificação ou a pertinência. Não entendi o papel dos pais , separados, mas muito activos na decisão da sua descendente, ... intervindo advogados, tribunais e naturalmente muitas despesas. A decisão judicial foi no sentido de que a menina não teria de fazer a vacina. No entanto, se por “azar do firmamento”, adoecer com Covid, recorre ao SNS, será bem atendida, provavelmente salva da enfermidade e nada pagará no final. E hoje mesmo, uma informação num matutino da Região - não confirmada - um caso duma professora, ... uma pessoa que dá aulas, supostamente para ensinar terceiros - encontra-se doente com a Covid-19, por não ter feito a vacina, obrigando ao encerramento preventivo da respectiva escola. Desconheço as percentagens populacionais que praticam estas regras e tomam estas decisões, como desconheço o papel do governo em colocar o S.N.S. á disposição de pessoas que declinam as soluções terapêuticas adequadas ... ocupando lugares muito solicitados, além das despesas desnecessárias. Comentário provisório: - É do conhecimento público e técnicamente reconhecido, que os casos recentes da Covid-19 estão relacionados com pessoas que recusaram fazer a respectiva vacina ... protegidos pela “santíssima” constituição nacional!

Vamos agora para as coisas mais simples e vulgares,... no espaço físico quotidiano, existem passeios, calçadas ou “trottoirs”, para os peões se deslocarem nas cidades e vilas ... existem trajectos projectados para velocipedes, trotinetes e afins - muito na moda, para ajudar purificar o ar ambiente - e existem, becos, caminhos, ruas, estradas, vias rápidas e auto-estradas, para tudo o resto, sejam automóveis ligeiros, pesados ou motorizadas. Até agora nada de novo, ... e cada macaco no seu galho! Certo? Não, não é verdade que assim aconteça, porque os passeios pedonais estão pejados de motorizadas, de ligeiros, de pesados, ... uns no carrega-descarrega, outros a trabalhar, isto é, a tratar de “assuntos pessoais”, a maioria deles, na tasca ou no café. Certo? Também vemos pedestres no meio das ruas, nos caminhos, até os vemos a correr nas estradas, ao lado dos carros, ... muitas vezes porque não têm por onde passar. Mas, como temos um ratio repleto de acidentes viários e atropelamentos, mais um menos um, parece que já não importa! Temos ruas citadinas fechadas ao trânsito ... que ao fim de semana são ocupadas abusivamente por viaturas, sem justificação, simplesmente para resolver os seus problemas de estacionamento, na sombra e á borla. Traços contínuos e linhas amarelas, pertencem ao passado. Temos semáforos, coloridos ... e no tipo peão de cor vermelha ... é só ver “velhinhos”, jovens ... até criancinhas na companhia da família, a aprender a atravessar no vermelho, sem serem atropelados! Nas “zebras”, vemos alguns transeuntes caminhando lentamente falando ao telemóvel - porque estão a tratar de negócios inadiáveis. E depois, um “filho da mãe” manda uma “bôca” ou dá uma buzinadela - provávelmente com razão - e “come” com um gesto vitorioso da mão direita do pedestre atingido ... com aquele típico elementar e verdadeiro, insulto sem palavras. Mas, na capital do país, é o máximo, ... “matilhas” de bikes e trotinetes, sem luz, sem capacete, sem regras, parecendo uma manifestação de utentes duma casa de correcção ... as motorizadas e os seus “trombones” no máximo da potência, com os decibéis em modo “desfile eleitoral” no trânsito, sempre em hora de ponta. Tudo isto é possível observar e é normal e autorizado nas cidades do território nacional, perante a passividade dos que passeiam e dos que trabalham. E agora vamos aos casos incríveis ... e lembro-me de um: o arguido R.S. padece de D. de Alzheimer - segundo relatório médico - e pode ficar inimputável perante os processos judiciais em curso! Dizem até que se entrou num táxi para o Saldanha e quando o táxi parou, afinal estava na Sardenha! E lembro mais outro caso: o “chauffer privé” do banqueiro J.R. comprou e ofereceu á esposa do dito cujo, um apartamento avaliado em mais de 1 milhão! Mas, ... sem ofensa aos brasileiros e a nenhum dos intervenientes ... já chegámos ao Brasil?

Agora, o país “em ruínas”, vive novamente a dramática aprovação do O.E., no ano da “bazuca”, a qual vai servir prioritáriamente os mesmos, os do costume !

Como já perceberam, são mais umas coisinhas sem importância!!