O PS sofreu na nossa Região um rude golpe nas autárquicas do último domingo, que justificou diversas reações internas, algumas nobres, como a demissão de Paulo Cafôfo, outras desagradáveis e, porque não dizê-lo, lamentáveis, entre as quais se destacam as declarações da empresária dos vinhos Sofia Caldeira. A irmã de Duarte Caldeira, que era até às eleições presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, no Funchal, não gostou que o PSD tivesse ganho e apelidou o povo de ingrato e de ser burro. Este vergonhoso comentário foi partilhado por Sofia Caldeira nas redes sociais e mostra a insustentável leveza de um ser que não sabe o que é democracia, apesar de ter formação superior. Melhor, manias de que é superior ao povo, o qual só respeitou em 2013 e 2017 quando democraticamente optou por votar no PS nas autárquicas. A posição de Sofia Caldeira foi naturalmente condenada, até por conscientes militantes socialistas, mas também justificou aplausos de tantos outros inconscientes militantes socialistas, que apelidaram o povo de acéfalo e de ser cego. Não valerá a pena esperar por pedidos de desculpa públicos por parte destes “democratas”, mas se calhar, será importante guardar todos os comentários no sentido de serem mostrados ao povo, aquando das próximas eleições, caso os “democratas” venham a ser candidatos.

Sónia Teixeira