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Portos italianos activos apesar de greves e protestos contra passe sanitário

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Foto EPA

Os principais portos em Itália continuam hoje em atividade com poucos incidentes, apesar das greves convocadas contra a entrada em vigor da obrigação de apresentar o certificado anti-covid para acesso aos locais de trabalho.

A decisão, que engloba todos os trabalhadores, incluindo os do setor privado, foi decretada na terça-feira pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e levou à convocação de protestos em várias cidades do país.

Em Génova (noroeste), onde se previam maiores problemas, a operação no porto foi reduzida, mas não comprometida pelos protestos dos trabalhadores anti-vacinas, que bloquearam a passagem de San Benigno e um terminal, segundo os media locais.

Em Trieste, um dos principais portos italianos, porta para a Europa de Leste, a atividade é normal, ainda que os protestos tenham reunido cerca de 5.000 pessoas, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

"O porto de Trieste funciona: obviamente em algumas etapas haverá dificuldades (...), mas funciona", disse o presidente da região Friuli-Veneza Giulia e da Conferência das Regiões, Massimiliano Fedriga, salientando que "prejudicar a atividade do porto significa prejudicar um grande número de empresas".

Noutras cidades foram organizadas manifestações contra o passe sanitário, como em Milão e Roma, para onde foram destacados mais de 1.000 agentes, após os confrontos nos protestos do passado fim de semana na capital devido à infiltração de neofascistas que assaltaram a sede do sindicato CGIL.

O certificado covid-19 exigido a partir de hoje em Itália para entrada no local de trabalho confirma que o seu portador recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus, ultrapassou a doença ou foi submetido a um teste com resultado negativo nas horas prévias à sua apresentação.

Os trabalhadores que não respeitam a medida, ficam impedidos de acesso ao seu local de trabalho ou arriscam multas de entre 600 e 1.500 euros.

A covid-19 provocou pelo menos 4.878.719 mortes em todo o mundo, entre mais de 239 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.