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ONU decepcionada com falta de avanços para a revisão da Constituição

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O enviado especial da ONU para a Síria expressou hoje a sua deceção, pós cinco dias de reuniões inconclusivas entre delegações do Governo sírio, oposição e grupos da sociedade civil com o objetivo de rever a Constituição do país.

"Eu disse aos 45 membros dos órgãos de redação que não podemos continuar assim", desabafou Geir Pedersen, em declarações em Genebra, no final da quinta e última ronda de negociações do chamado Comité Constitucional para a Síria.

"Esta semana foi uma deceção. Eu estabeleci alguns objetivos que pensei que deveríamos ser capazes de alcançar antes de começarmos esta reunião e infelizmente não conseguimos", acrescentou Pedersen.

O enviado da ONU deu a entender que a delegação do governo sírio é a culpada pela ausência de soluções para o processo, explicando que apresentou uma proposta aos chefes de Governo e às delegações da oposição, acrescentando que a sua ideia foi rejeitada pela equipa governamental e aceite pelos representantes da oposição.

Os Estados Unidos e vários aliados ocidentais acusam o Presidente sírio, Bashar al-Assad, de protelar e atrasar deliberadamente a elaboração de uma nova Constituição até depois das eleições presidenciais, marcadas para este ano, para evitar uma votação supervisionada pela ONU, conforme solicitado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Desentendimentos profundos entre os principais protagonistas, mas também a pandemia de covid-19, desaceleraram o ritmo das reuniões e Pedersen disse que não há ainda calendário para novos encontros.

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