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Reino Unido regista 1.243 mortes e reitera empenho em fazer cumprir confinamento

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EPA/NEIL HALL

O Reino Unido registou mais 1.243 mortes, o segundo valor diário mais alto na pandemia, e 45.533 novos casos nas últimas 24 horas, divulgou hoje o Governo britânico, que reiterou o empenho em fazer respeitar as regras do confinamento.

O número de mortes representa um grande aumento face às 529 registadas na véspera, mas a variação pode ser atribuída ao atraso no processamento de dados durante o fim de semana.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, que o Reino Unido registou 83.203 mortes confirmadas atribuídas ao SARS-CoV-2, mas o balanço aumenta para 89.243 todos aquelas cujas certidões de óbito referem covid-19 como fator contributo.

O Governo reiterou hoje que está determinado em fazer respeitarem as regras do confinamento decretado na semana passada, tendo a ministra do Interior, Priti Patel, revelado que já foram aplicadas cerca de 45 multas e que a polícia vai começar a ser mais severos com os infratores.

"A nossa capacidade de aguentar as próximas semanas e meses depende de cada um de nós contribuir para o que é verdadeiramente um esforço nacional. Mas uma minoria está a colocar a saúde do país em risco por não respeitar as regras", afirmou numa conferência de imprensa.

Vários supermercados anunciaram entretanto que vão começar a impedir a entrada de pessoas sem máscara, a não ser que estejam isentas, mas empregados relataram na BBC Radio 5 serem vítimas frequentemente de agressões verbais e até físicas.

O Governo tem estado sob pressão para apertar as regras e clarificar algumas situações, nomeadamente até que distância as pessoas podem afastar-se de casa, de onde podem sair apenas para fazer compras essenciais, fazer exercício, trabalhar ou ter assistência médica.

No norte, em Derbyshire, duas mulheres foram multadas (que a polícia mais tarde anulou) por terem viajado oito quilómetros para um passeio em conjunto, pois as regras apenas preveem que duas pessoas de agregados familiares diferentes se possam encontrar em espaços públicos abertos para fazer exercício.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, também foi criticado após ter sido noticiado que fez 11 quilómetros da residência oficial, no centro de Londres, até ao Parque Olímpico no leste da cidade, mas Patel negou que as regras não sejam claras.

"A população britânica é muito sensata e percebe a mensagem para ficar em casa, e também nas imediações. O exercício é importante para a saúde e bem-estar e a mensagem também se aplica ao exercício", disse.

Também na conferência de imprensa, o Presidente Nacional do Conselho dos Chefes de Polícia, Martin Hewitt, disse que era difícil definir a noção de imediações e evitou determinar uma certa distância.

"A pergunta que as pessoas devem fazer é se é essencial e como fazer exercício da forma mais segura possível. Isso significa não colocar-se numa posição em que é provável entrar em contacto com outras pessoas", comentou.

Inglaterra entrou em confinamento durante pelo menos seis semanas, o que implica o encerramento de escolas e da maioria de comércio não essencial, enquanto bares e restaurantes só podem vender comida para fora.

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