Será que é “proibido” dizer a verdade?

Porque em algum momento das nossas vidas todos nós (fomos) actores. A máscaras renovam-se mas as mentiras mantêm-se. Desde que descobriram que a mentira dá dinheiro, a verdade passou á história. Cada vez mais se duvida de tudo e de todos. Quantas vezes pensamos que a liberdade traria uma nova maneira de ver a vida, de enfrentar dificuldades, de resolver nossos problemas, de projectar o nosso futuro, de criar as condições desejadas para superar os nossos inconvenientes. Parece que tudo se desvaneceu, o desanimo consumiu-nos a esperança de poder viver num país onde a oportunidade estivessem ao alcance de todos. Criou-se a ilusão de que os cidadãos seriam o suporte da economia, no investimento o sustento da nação, nas oportunidades o elo de crescimento, na dinâmica o progresso como fonte de crescimento. Como se desvaneceram os nossos sonhos. Tudo serviu para que à expensas da ingenuidade e da falta de cultura democrática do povo, os oportunistas fizessem deste país a nação com a classe política mais corrupta da Europa e o 5º país onde o índice de corrupção é mais evidente. Onde a ignorância sustenta um regime corrupto que sobrevive da miséria do seu povo. Como é possível num regime de liberdade e de democracia, os cidadãos deste país permitirem semelhante atrocidade contra a dignidade do povo, onde uma pessoa com o estatuto de refugiado recebe dinheiro, casa e comida e um português que trabalhou a vida inteira recebe uns parcos e míseros 236€ de reforma, principalmente daqueles que com o seu trabalho, esforço e dedicação, contribuíram com os seus impostos para o sustento desta podridão em que se converteu a classe política em Portugal. Aproveitando das desgraças para se promoverem, e utilizando os momentos críticos que o mundo atravessa para sugar ainda mais o que por direito deveria ser distribuído por quem contribui com o seu trabalho. O mais decepcionante e espantoso de tudo isto é ver por exemplo: gente sem condições de alternativa ao SNS, votar nos mesmo de sempre. Gente que tem de empenhar-se até os cabelos, para colocar seus filhos nas universidades, e pior ainda, para depois de formados terem de emigrar pois o país não lhes oferece condições para evoluírem. Que triste país foi este que 46 anos de regime dito de democrático e que nasceu da liberdade, os portugueses permitiram que se chegasse até aqui, converter o parlamento, casa da democracia em casa de negócio. Já alguma vez disse por ironia, que o futebol seria sem adeptos, que as pessoas deixaram de raciocinar por sua cabeça e são levados a pensar, e que no dia em que descobrisse de ter de pagar para respirar, seria o fim da tão propagada LIBERDADE. Será que isto foram (profecias) ou apenas visão da pobreza em que converteram o nosso país? É hora de restaurar a democracia, restituir a liberdade, repor a justiça e combater a corrupção, mas não é com abstenção que demonstraremos a nossa indignação. Não foi com certeza este o modelo de democracia que o povo sonhou com o 25 de Abril!

A. J. Ferreira

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