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É preciso acabar com os combates em Nagorno Karabakh

A ideia é defendida por Macron e Putin

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Foto EPA

Emmanuel Macron e Vladimir Putin insistiram hoje "na necessidade de acabar com os combates" na região de Nagorno Karabakh, onde subsistem violentos confrontos entre tropas do Azerbaijão e soldados da república separatista, anunciou o Palácio do Eliseu.

Numa conversa pelo telefone, os presidentes da França e Rússia "trocaram detalhes sobre a crise de Nagorno-Karabakh e concordaram com a necessidade de acabar com os combates, com vista ao retorno das negociações com bases realistas", precisou o Eliseu, lembrando que o objetivo principal é "assegurar a manutenção das populações arménias neste território e por fim ao sofrimento da população civil".

A Arménia relatou hoje novos "combates pesados" que opuseram tropas do Azerbaijão e da república separatista de Nagorno Karabakh, uma região maioritariamente povoada por arménios ligados ao Azerbaijão.

Desde o regresso dos combates em 27 de setembro, que casou mais de 1.250 mortos, as forças do Azerbaijão recuperaram grande parte do território no sul da região.

Três tentativas de uma trégua humanitária, negociadas respetivamente sob a égide da Rússia, França e Estados Unidos, foram frustradas.

A Rússia está ligada à capital da Arménia por um tratado de segurança coletiva, mas afirmou que este não se estende ao território de Nagorno Karabakh.

Segundo o Eliseu, Emmanuel Macron e Vladimir Putin também falaram sobre Donbass, a zona rebelde pró-russa no leste da Ucrânia, saudando o cessar-fogo em vigor desde 27 de julho, e considerando tratar-se do "resultado concreto do trabalho realizado pelo grupo Normandia", uma configuração diplomática que reúne a Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.

Na quinta-feira, Emmanuel Macron já conversara com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre as medidas a concretizar no terreno com vista a dar continuidade às decisões tomadas, em dezembro de 2019, na Cimeira de Paris.

Eleito em abril de 2019 para a presidência, Volodymyr Zelensky tem-se mostrado determinado em acabar com o conflito que começou em 2014 e já causou mais de 13.000 mortos e perto de um milhão e meio de deslocados.

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