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Linhas de crédito salvaguardaram mais de 11 mil empregos em Cabo Verde

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As empresas cabo-verdianas afectadas pela crise económica provocada pela pandemia de covid-19 já usaram quase 90% das linhas de crédito lançadas em Abril pelo Governo, que estima ter salvaguardado mais de 11 mil postos de trabalho.

De acordo com o mais recente balanço do instituto público Pró-Empresa, responsável por gerir os apoios às empresas cabo-verdianas no âmbito da pandemia, foram aprovados desde abril, através de créditos com garantias do Estado, 521 pedidos, ascendendo em valor a 3.534 milhões de escudos (32 milhões de euros).

Trata-se de praticamente 90% dos 4.000 milhões de escudos (36,2 milhões de euros) previstos ao abrigo destas linhas, disponibilizadas pelos bancos comerciais com aval do Estado.

Estes empréstimos, com uma taxa de juro médio de 2,81%, permitiram "salvaguardar" 11.268 postos de trabalho, segundo a mesma informação.

Os créditos aprovados até ao momento correspondem a um montante com garantia do Estado que cobrem 2.248 milhões de escudos (20,3 milhões de euros).

No final de março, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou um conjunto de medidas para "apoiar as empresas e aumentar a sua liquidez", nomeadamente a criação de quatro linhas de crédito e autorizadas garantias do Estado.

"Asseguram-se linhas de crédito suportadas pelo sistema bancário, no valor global até quatro milhões de contos [36,2 milhões de euros], com garantias do Estado que podem chegar aos 100% do financiamento, com carência de capital e de juros até seis meses e amortização em quatro a cinco anos", anunciou Ulisses Correia e Silva.

Em concreto, a primeira linha de financiamento, no valor de mil milhões de escudos (nove milhões de euros), destina-se às grandes empresas em todas as áreas de atividade, com garantia do Estado de até 50%.

A segunda linha de financiamento, no mesmo valor, destina-se a empresas nos setores do turismo, restauração, organização de eventos e setores conexos, agências de viagens, transportes, animação e similares, com garantia até 80%.

Para as pequenas e médias empresas foi lançada uma terceira linha de financiamento, igualmente de mil milhões de escudos, em todos os setores da atividade e com garantia do Estado até 100%.

Foi criada uma quarta linha de financiamento, de 300 milhões de escudos (2,7 milhões de euros), para microempresas, em todos os setores, com garantia até 100%, além de alocados 700 milhões de escudos para a linha de garantias para as micro, pequenas e médias empresas, destinada a suportar operações de compras públicas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.388.590 mortos resultantes de mais de 58,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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