O Governo português lamentou hoje o “grave acidente” que ocorreu numa fábrica na província de Jiangsu, na China, que causou pelo menos 47 mortos e centenas de feridos.

“O Governo português lamenta o grave acidente ocorrido na fábrica Jiangsu Tianjiayi Chemical Co, na província de Jiangsu, na República Popular da China, que causou já dezenas de mortos e centenas de feridos e teve nefastas repercussões nas áreas circundantes da fábrica”, refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Augusto Santos Silva.

No documento, o Governo português apresenta as suas “sentidas condolências” ao povo chinês e aos familiares das vítimas, deixando votos de “rápida recuperação dos feridos e reabilitação das áreas afetadas”.

Pelo menos 47 pessoas morreram na quinta-feira numa explosão ocorrida numa fábrica de produtos químicos.

Segundo as autoridades existem também centenas de feridos, 90 dos quais em estado considerado grave.

A explosão ocorreu num parque industrial em Yancheng, província de Jiangsu, após um incêndio que deflagrou numa fábrica localizada num parque industrial químico.

Alguns dos trabalhadores ficaram presos nas instalações da fábrica, após a explosão ter derrubado os edifícios circundantes.

Acidentes industriais são frequentes na China, onde, em média, morrem 70.000 trabalhadores por ano, segundo a Organização Mundial do Trabalho.

Em 2015, duas explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade de Tianjin, nordeste da China, provocaram pelo menos 165 mortos e causaram prejuízos de mais de mil milhões de dólares.

Segundo a organização de proteção ambiental Greenpeace, a indústria química da China, a maior do mundo, “está terrivelmente pouco regulada”.

“Acidentes trágicos acontecem quase todos os dias no país”, afirmou a organização, num relatório difundido no ano passado.

A maioria das 33.000 unidades de produtos químicos na China está concentrada no leste do país, onde os níveis de densidade populacional são maiores.