Madeira

Consultas externas nos hospitais da Madeira no número mais baixo em 22 anos

Valores provisórios de 2018 apontam para 1997 como o ano de referência mais baixo neste período. Desde 2008 o número de consultas externas baixou em mais de 90.600.‬

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

A série retrospectiva das estatísticas da Saúde na Região Autónoma da Madeira, divulgadas hoje pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, mostra um quadro de menos 13.928‬ consultas externas nos hospitais regionais no ano passado, comparativamente a 2017. Uma quebra de 4,5% em apenas um ano, o que determinou a aproximação a números que não eram vistos desde antes da entrada do novo milénio.

Segundo a informação, as 295.177 consultas externas realizadas em 2018 são uma forte perda após os números positivos de 2017 (309.105 e que se aproximaram dos máximos históricos), ainda assim não foram a maior quebra recente. É que entre 2014 e 2015 registou-se uma perda de 17.456 consultas externas num ano, números quase recuperados no ano seguinte (298.155) e, como referido, em 2017 (mais cerca de 11 mil consultas externas face a 2016).

Resumindo, e olhando ao histórico, temos de recuar até 1997 (274.653) para encontrar um ano com menos consultas externas nos hospitais da Madeira. Ou seja, há 22 anos que este indicador não era tão baixo. Como é óbvio, antes desse ano, há números muito mais baixos.

De 1981 a 2018, o pior ano é mesmo 1983, com 93.408 consultas externas. Noutros tempos, portanto.

Nos mais recentes, temos o valor recorde de consultas externas num ano. Em 2008, foram realizados 385.831 actos deste género, nomeadamente realizados por especialistas médicos. Significa que perante os dados de 2018, em cerca de uma década o número de consultas externas nos dois hospitais públicos da Madeira diminuiu quase 23,5%. São quase 90.654 consultas externas a menos em 10 anos.‬

Estes são apenas alguns dos indicadores compilados pela DREM em mais esta informação estatística oficial sobre os Hospitais da RAM, nomeadamente em relação a “pessoal ao serviço, camas de internamento, movimento de internados, consultas externas, intervenções cirúrgicas e actos complementares de diagnóstico e terapêutica”.

Os dados oficiais do ano corrente (2019) vão sendo divulgados ao longo de 2020 e a compilação de dados só ocorrerá no final do próximo ano.