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Turquia detém 117 militares acusados de envolvimento no Golpe de Estado falhado

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As forças de segurança turcas iniciaram hoje uma operação de detenção de 117 soldados acusados de manter laços com o clérigo Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos e que Ancara acusa de organizar o golpe falhado de 2016.

Na origem da operação está uma investigação centrada nas Forças Armadas estacionadas na cidade de Izmir, a terceira maior do país, mas as incursões estão a afetar mais 45 províncias, segundo a cadeia de televisão NTV.

De acordo com a mesma fonte, entre os detidos há oficiais dos mais diversos ramos.

As suspeitas estão concentradas no pessoal militar que terá utilizado cabines telefónicas para conversar com pessoas que se acredita sejam os seus superiores dentro do movimento do clérigo Fethullah Gülen.

Milhares de suspeitos de partidários de Gülen, que estiveram no exílio nos Estados Unidos há anos, foram presos desde o fracassado golpe de Estado.

Desde o início de 2017 que a polícia turca prende uma média diária de cinco pessoas, sob a acusação de manterem ligações com a confraria de Fethullah Gülen, o predicador exilado desde 1999 nos EUA e que Ancara acusa de ter instigado o golpe.

Ancara acusa Fethullah Gülen, um clérigo islamita exilado nos Estados Unidos desde 1999, de ser o cérebro do golpe fracassado, e tem solicitado com regularidade a Washington a sua extradição.

Gülen, um antigo aliado de Erdogan, tem desmentido qualquer participação no golpe.

Segundo a ata de acusação, mais de 8.000 militares estiveram envolvidos na tentativa de golpe, tendo sido utilizados 35 aviões de guerra, 74 tanques, 246 veículos blindados e perto de 4.000 armas ligeiras, referiu a Anadolu.

Cerca de 140.000 pessoas terão sido afastadas das suas funções, em particular na administração pública, ensino, forças armadas, sistema judicial e nos ‘media’.