Se as Autárquicas no Funchal fossem por estes dias, haveria alguma incerteza no ar. Isto porque uma importante fatia do eleitorado esconde o jogo ou manifesta indecisão. Nem mais: 15,3% dos funchalenses inquiridos no estudo de opinião encomendado pelo DIÁRIO e pela TSF-Madeira à Eurosondagem revelaram não saber em quem votar ou simplesmente não responderam à questão.

Um dado a ter em conta nas análises políticas que serão produzidas nas próximas horas, pois as projecções resultam também da distribuição desta margem pelas partes, do exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam ‘não sabe/não responde’ se abstêm.

Até final do dia divulgaremos na nossa plataforma digital e na TSF mais dados da sondagem feita na semana passada, mais propriamente entre 12 e 14 de Julho. Uma auscultação que implicou 825 tentativas de entrevistas. Destas 117 (14,2%) não aceitaram colaborar sendo validadas 708 entrevistas.

O DIÁRIO revela como é que, a menos de três meses do sufrágio autárquico, estão posicionadas as já assumidas sete candidaturas à Câmara Municipal do Funchal.

O erro máximo da amostra é de 3,67%, para um grau de probabilidade de 95% e, como é norma, o estudo será depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

No primeiro estudo, publicado a 19 Janeiro deste ano, na altura com 16,3% de indecisos, na distribuição dos onze mandatos em disputa no Funchal, a lista liderada por Paulo Cafôfo, com 48% na projecção, poderia vir a ser responsável por 6 a 7 mandatos, enquanto que o PSD encabeçado por Rubina Leal, com 25,8%, teria ao seu alcance 3 a 4 lugares. Rui Barreto, com 8,7%, seria o único vereador centrista. Na altura, Artur Andrade e Gil Canha corriam o risco de não ser reeleitos. Resta saber como estão posicionados agora.

Em 2013, num sufrágio em que se registou 49,5% de abstenção, a então coligação ‘Mudança’, composta por PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN venceu no Funchal com 39,2%, o que lhe garantiu cinco mandatos. A lista liderada por Paulo Cafôfo foi seguida do PSD com 32,4%, que renderam 4 mandatos, do CDS com 14,5% e da CDU com 8,3%, ambos com um mandato.