Carta aberta ao senhor ministro da Saúde

Na última legislatura o Serviço Nacional de Saúde caiu para serviçozito litoral de Saúde. As razões enchiam todo o Espaço de Opinião do Leitor do DN-Madeira. Foquemos uma: A Saúde Mental, já bastarda da Medicina, foi atirada para lá do humanamente crível. Regressaram os psicofármacos com décadas, porque mais baratos, com efeitos secundários terríveis!

Hoje, com um Governo que se reclama «de Esquerda», esperávamos uma reversão. O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, «privilegia o diálogo» e reconhece o direito dos trabalhadores da Saúde encetarem processos de luta, para lhes reporem as condições que abruptamente lhes roubaram. É curto, sr. ministro. Assistentes Operacionais, Enfermeiros e Médicos continuam com justas razões de queixa. Portugal é (quase) ‘’campeão’’ da Europa, no

consumo de remédios para a Saúde Mental. Um estabilizador do humor (Seroquel), para diagnosticados com Doença Bipolar teve um aumento de quase 1 200%!! O senhor ministro sabe desta disparidade/crueldade? Continuamos empobrecidos e estes doentes, estatisticamente têm poucos recursos económicos, assim - como é que enfrentam tão inflacionado e desumano aumento? E outros remédios também subiram?!

Não basta dizer que se é tolerante (palavra que olha de cima), urge políticas concretas, ao serviço dos duplamente despossuídos - material e psicologicamente.

Estes não podem esperar - vamos a isto!

Vítor Colaço Santos