Madeira

Obras nas ribeiras do Funchal devem estar concluídas até Junho

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As intervenções hidrográficas nas ribeiras no centro da cidade do Funchal (São João, Santa Luzia e João Gomes) deverão estar concluídas até junho, disse hoje o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira, Sérgio Marques.

“As intervenções na cidade do Funchal deverão estar concluídas em maio ou junho”, referiu o governante, sublinhando, porém, que a conclusão das obras de regularização das ribeiras até aos açudes só deverá acontecer em 2019.

Sérgio Marques falava na visita que hoje efetuou ao troço a montante das ribeiras de São João (na Ribeira Grande de Santo António) e de João Gomes, a propósito das intervenções em curso para reabilitar o corredor fluvial e restaurar os processos naturais, para redução do risco de aluvião.

Segundo o governante, as 12 linhas de açudes existentes, distribuídas por quatro conjuntos em cada uma das três ribeiras que nascem nas zonas altas e desaguam no mar, atravessando a cidade do Funchal, “estão a cumprir a sua função”.

“Os açudes têm estado à altura do que se espera desta infraestrutura em termos de retenção do material sólido dos escoamentos fluviais”, disse o governante na Ribeira Grande de Santo António, apesar de não ter sido registado, desde o grande temporal de 20 de fevereiro de 2010, um evento hidrometeorológico extremo.

Os açudes - muralhas de betão com ‘dentes’ - têm a função de reter o material sólido e lenhoso das enxurradas, deixando passar pelos interstícios desses ‘dentes’ apenas o material mais fino.

São uma forma de proteger, a montante, a cidade do Funchal das consequências das aluviões.

A 20 de fevereiro de 2010, a Madeira foi atingida por uma aluvião que provocou 43 de mortos, seis desaparecidos e estragos calculados em 1.080 milhões de euros.