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Trump considera uma “desgraça” que democratas tenham financiado investigação sobre ligações com a Rússia

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, juntamente com outros republicanos, considerou hoje uma “desgraça” que os democratas tenham ajudado a pagar, juntamente com a campanha presidencial de Hillary Clinton, uma investigação sobre possíveis ligações entre Trump e a Rússia.

“É realmente, é um comentário muito triste sobre a política neste país”, afirmou Donald Trump.

O líder norte-americano falou aos jornalistas no dia a seguir a ser revelado que a campanha de Clinton e o Comité Nacional Democrata ajudaram a financiar a investigação durante vários meses no último ano.

Trump classificou o documento da investigação como “material falso” e “notícias falsas” e hoje declarou-se como sendo parte lesada quando publicou na rede social Twitter uma frase da Fox News que se refere a ele como “a vítima”.

Os democratas contrataram, através do advogado Marc E. Elias, a Fusion GPS em Abril de 2016, apesar de a investigação sobre Trump e a Rússia ter começado meses antes, financiada por um republicano cuja identidade é desconhecida e que se retirou quando o magnata ganhou as eleições primárias.

A campanha de Clinton e o Partido Democrata financiaram a investigação da Fusion GPS pelo menos até outubro do ano passado, dias antes das eleições, que Trump venceu.

O escritório dos advogados da Perkins Coie, para o qual Elias trabalha, recebeu 5,6 milhões de dólares (cerca de 4,7 milhões de euros) da campanha de Clinton e 3,6 milhões de dólares (3,6 milhões de euros) do Partido Democrata, de acordo com o The Washington Post, apesar de se desconhecer o montante real que se destinou à investigação.

O dossiê elaborado por Steele foi divulgado em janeiro, pouco antes de Trump prestar juramento como novo Presidente e constitui uma peça central das investigações do Congresso sobre a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

O conteúdo do dossiê de Steele conclui que a Rússia estava envolvida num esforço prolongado para ajudar Trump a ganhar as eleições e tinha recolhido informações comprometedoras sobre o então candidato, apesar de incluir imprecisões e histórias de fontes anónimas que não foi possível confirmar.