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Represa que rebentou em Quénia era ilegal

As cheias provocadas pela ruptura na represa resultaram na morte de 44 pessoas na última quarta-feira

FOTO Reuters
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A represa de Patel, em Nakuru, noroeste de Nairobi, cuja ruptura na última quarta-feira provocou a morte de 44 pessoas, era ilegal, segundo autoridades governamentais.

O proprietário da represa foi contactado várias vezes, em 2017, pela Autoridade de Gestão de Recursos Hídricos (WARMA, sigla em inglês) para legalizar as suas obras, segundo o jornal Daily Nation, que cita um responsável daquele órgão regulador.

O ministério público queniano pediu hoje à polícia a abertura imediata de uma investigação para “estabelecer as causas do desastre e a responsabilidade, se houver” num espaço de 14 dias.

De acordo com a WARMA, Mansukul Patel, proprietário da represa, detém mais sete barragens, todas elas ilegais, cuja estabilidade vai ser determinada pelo governo, segundo o secretário do Ministério do Interior queniano.

As autoridades ainda não conseguiram localizar o empresário.

As cheias provocadas pela ruptura na represa resultaram na morte de 44 pessoas e o desaparecimento de 40, obrigando também centenas de outras a abandonar as suas casas segundo o governador do condado de Nakuru.

Mais de 225 mil pessoas no Quénia foram deslocadas das suas casas desde março, segundo o Governo.

Quase 170 pessoas morreram desde março devido às inundações causadas por chuvas sazonais, segundo as autoridades quenianas.

As inundações atingiram o país da África Oriental que estava a recuperar-se de uma severa seca e que afectou metade do país.