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Estados Unidos alertam para movimentos bancários venezuelanos

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O Departamento do Tesouro norte-americano avisou os bancos dos Estados Unidos para estarem alerta às tentativas de funcionários governamentais venezuelanos usarem o sistema financeiro internacional para transferir fundos ilícitos.

Segundo o jornal norte-americano Novo Heraldo, a Rede de Controlo de Crimes Financeiros dos Estados Unidos (Fincen) “advertiu especificamente” os bancos para “prestarem atenção às operações com contratos governamentais que envolvem empresas de ‘maletín’ [malas de mão] e compras de propriedades de luxo no sul da Florida e em Houston”.

“Nos últimos anos, as instituições financeiras têm comunicado, ao Fincen, suspeitas relativas a muitas transações que podem estar relacionadas com a corrupção no setor público da Venezuela, incluindo contratos governamentais”, de acordo com um comunicado do diretor do Fincen, Jamal El-Hinid.

As instruções aos bancos norte-americanos têm lugar depois de, em finais de agosto passado, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinar um decreto que “proíbe a realização de transações de nova dívida emitida pelo Governo da Venezuela e pela empresa petrolífera estatal” venezuelana.

As sanções impedem que os investidores comprem novos títulos de dívida da Venezuela e impedem que a Citgo (filial norte-americana da Petróleos de Venezuela) efetue remessas para Caracas.

Segundo o Novo Heraldo, a Fincen pediu ainda aos bancos que estejam atentos a operações relacionadas com uma lista de empresas estatais venezuelanos, como o Centro de Comércio Exterior, o Banco de Comércio Exterior, a Companhia de Telefones, a Corporação Elétrica e o Banco de Desenvolvimento Económico e Social.

Os bancos devem ainda estar atentos às transferências eletrónicas de companhias fictícias e de familiares ou associados de responsáveis venezuelanos, indicou o organismo norte-americano.