Madeira

O lado de dentro do Funchal Jazz Festival em vídeo

O Funchal Jazz Festival já é tradição na Madeira. Desta quinta-feira até sábado, vários artistas internacionais sobem ao palco do Parque de Santa Catarina, no Funchal. Como é que tudo acontece? Filipe Gonçalves, da organização, explica.

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O palco já estava levantado quando chegámos ao Parque de Santa Catarina, mas até arrancar o Funchal Jazz Festival, já na noite desta quinta-feira, há muito trabalho pela frente. Montagens por terminar, detalhes por acertar e imprevistos que aparecem à última da hora e têm de ser ultrapassados. Vêem-se carrinhas, umas a entrar, outras a sair, mais circuitos de fios por todos os cantos e estruturas de metal a ganhar forma e a ficarem de pé a meio da relva.

Logo que chegamos ao recinto, apesar de ainda estarmos nos dias que antecedem o Funchal Jazz Festival, somos imediatamente recebidos com um número acrobático inesperado. No mínimo, de grande perícia: as escadas de metal estão encostadas a um poste de luz, ambos de grande altura. Agarrado só por uma mão, o rapaz vai trepando, esguio e em equilíbrio. Debaixo do outro braço, tem um volumoso (e pesado, acreditamos) foco de luz que vai encaixar e prender no topo da coluna. Esta foi a primeira subida, mas não será a única. A ideia, explicam-nos, é que todo o recinto fique iluminado nos momentos em que as bandas não estão em palco. Ainda terá de trepar muitas vezes, pensamos.

Na véspera do arranque festival, os 250 mil watts de luz já estavam montados, também os 120 mil watts de som. Assim que pisamos o palco e temos a visão contrária à que estamos habituados, a dos artistas, percebemos que o público sentado nas primeiras filas das cadeiras fica quase dentro do palco, muito próximos dos artistas. O palco não é muito alto, o que não é de estranhar. Os músicos estão habituados a ter os ouvintes bem perto nas jam sessions em que participam, típicas deste género de música.